quarta-feira, 30 de julho de 2008

Call Girl

Segundo o Instituto do Cinema e Audiovisual, o filme Call Girl, entre os meses de Janeiro e Junho do corrente ano, foi o nono filme mais visto, tendo totalizado 175499 espectadores e uma receita bruta de €779.271,85.
Parabéns João Pedro Vasconcelos, pelos números, não pelo filme, pois este, apesar de ser razoavelmente melhor que "Corrupção" de João Botelho, o que também não era difícil de ser conseguido, é igualmente um filme fraquinho.
Sinceramente que não é uma fixação minha em criticar de forma leviana o cinema português, pois um filme como o Sorte Nula, por exemplo, merece a minha melhor crítica. É um filme ajustado à realidade portuguesa, cingindo-se a uma história simples, mas muitíssimo bem trabalhada, sem tentar colar-se às "americanices" audiovisuais. Agora Call Girl tenta ser aquilo que não pode nem deve ser.
No entanto a verdade é uma, é que apesar da fraca qualidade de filmes como "O crime do Padre Amaro", "Corrupção" e agora "Call Girl", os portugueses têm correspondido, pois têm acorrido em grande número aos cinemas, fazendo provar que afinal o crime compensa. Farei então parte de uma pequena minoria, que não se limita a ver um trailer para correr em direcção a um cinema para apreciar, a qualidade, ou a falta dela, neste tipo de filmes.
Em relação a Call Girl, dizer que este centra-se em Maria a tal Call Girl, que é contratada por um intermediário de uma empresa do ramo imobiliário, no sentido de seduzir o Presidente de uma Câmara a aprovar um determinado empreendimento turístico. Entretanto surgem dois agentes da PJ, que procuram provar indícios de corrupção em todo este processo.
Acrescento só, que alguém devia alertar a Soraia Chaves, que esta, num filme, para além de mostrar de forma despudorada o seu corpo, deveria igualmente mostrar qualidade enquanto actriz.

5/10

1 comentário:

  1. O que não faz a publicidade... Viva os Sábados e Domingos à tarde na TV portuguesa!

    ResponderEliminar