sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Espirito de 60, som de 80


Nas minhas incursões recentes pela música, ando a (re)descobrir grandes músicas da tão menosprezada década de 80. Se em solo português poucas eram as bandas que se destacavam pela qualidade (lembro-me dos Sétima Legião por exemplo), pela Europa fora havia (como felizmente continua) uma cidade inglesa que mudava o mundo alternativo, Manchester. Tudo isto para introduzir uma banda que me chegou às mãos faz umas semanitas, os The Black Angels. Esta banda americana, formada em 2004 em Austin, Texas (uma pequena Manchester, de onde vêm também os fabulosos ...And you will know us by the trail of dead) faz por captar o rock psicadélico dos anos 60 (conseguindo-o com bastante sucesso), andando (para mim) lado a lado com o som "Manchesteriano" dos anos 80. A faixa de abertura "Young man dead" é um revivalismo de Joy Division em que nos sentimos impulsionados a bater o pé e a ficar agarrados de ouvidos bem atentos às colunas. Um grande álbum. Fiquem com o single.
8/10

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

A cor de pele ainda conta?


Ao que consta, o senador do Illinois (norte), de seu nome Barack Obama, encontra-se na primeira linha para poder a vir a ser o próximo candidato do Partido Democrata a presidente dos Estados Unidos da América.
Até aqui, o único aspecto que poderia de certo modo ser notícia, é o facto de alguém de um Estado Norte-Americano pouco influente surgisse como um dos candidatos principais do Partido Democrata a futuro presidente da Grande Potência.
No entanto, estranho eu, que o facto que tem potenciado tanto alarido à volta deste sujeito, é o simples facto de que Barack Obama é negro. Muito sinceramente, considero ridículo que este aspecto se torne o tema central e determinante, ao invés de se procurar aprofundar a sua carreira, quais as posições que ao longo do tempo tem assumido sobre diversos temas, entre tantos outros aspectos. Estes sim, deveriam ser tidos em conta na altura do seu Partido decidir sobre qual o melhor candidato a apresentar nas futuras eleições presidenciais Norte-Americanas, pois na realidade, serão estes os aspectos que futuramente irão ser alvo de avaliação por parte dos eleitores Norte-Americanos (ou pelo menos deveriam ser).
Considero uma autêntica aberração, que nos tempos que correm, vulgarmente designados de modernos, avaliar-se e decidir-se sobre alguém, tendo como base não a sua competência, mas sim, a sua cor de pele.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Estado Social? Qual Estado Social?


Leio isto aqui, «Trabalhar até morrer, isto assim não pode ser» é a frase gritada a plenos pulmões por 80 mil pessoas que aderiram ao protesto geral convocado pela CGTP-IN, e a ideia que de imediato me assalta, é que é óbvio que a população em geral ainda não conseguiu interiorizar e compreender de que o Estado Social é algo que há muito está falido.
O SuperEstado, aquele que tudo apoia e suporta, é algo impossível de se mantido e sustentado. Durante largos governos, no nosso Portugal, talvez por medo de quem liderava, foi-se alimentando a ideia de que o Estado Social ainda era algo viável, mas como é óbvio, havia de surgir uma altura em que ter-se-iam de dar os primeiros passos rumo a uma inversão desta concepção.
Com algum arrojo, verdade seja dito, este governo socialista adoptou uma faceta reformista, tendo tocado em aspectos cruciais para a sustentabilidade do País, mas colocando obviamente em causa o tão famigerado Estado Social. Assim, e como medidas mais sonantes e obviamente impopulares surgem o alargamento da idade da reforma, o aumento das taxas moderadoras na saúde, a obrigatoriedade do pagamento de uma taxa quando alguém está internado ou é alvo de uma cirurgia, a diminuição na comparticipação aos utentes do sistema ADSE, o tempo e o valor do subsidio de desemprego ser proporcional aos anos de desconto, entre outras tantas medidas que entretanto foram tomadas.
Está claro, que não haverá ninguém que goste destas medidas, pois mexem com o bolso de todos nós, mas se entretanto nada fosse feito o futuro do nosso País de risonho teria muito pouco.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Pulse

A minha incursão pelo trabalho dos Pink Floyd começou à relativamente pouco tempo, com o intitulado Echoes: The Best of, por ocasião do seu lançamento. Nessa altura fui sujeito a uma pequena exposição do perfeccionismo que individualiza esta banda.
Pulse, o recentemente lançado DVD, documenta a Division Bell tour (que também passou por Alvalade) filmado no London Earls Court em 1994. Disponível em VHS à muito, a conversão para formato digital foi problemática, e é possível em vários planos notarem-se artefactos e muito grão* na imagem. O mesmo não se pode dizer do som, soberbamente masterizado por James Guthrie, surround 5.1 com duas opções de bitstream: 448 kbps ou 640kbps, este ultimo indicado para reprodutores de maior qualidade.
Detenho uma colecção razoável de concertos em DVD, mas nada me tinha preparado para um espectáculo excepcional, superior a todos os demais. Os efeitos visuais são do outro mundo, com um trabalho de iluminação a todos os níveis impressionante, que acompanha na perfeição as notáveis interpretações de Gilmour & companhia. Tive ainda a “sorte” de ouvir muitas das musicas pela primeira vez, o que veio enaltecer ainda mais a experiência.

Com Pulse consegui finalmente perceber a histeria que rodeia Pink Floyd . É (foi) de facto uma banda cuja espécie não há outra.

*9,9/10

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Emoções Lusomundo

Nota prévia: este post tem uma semana de atraso, consequência do mais, ou menos, atribulado período de férias.

Faz precisamente uma semana que fui ver o tão aguardado regresso do Superman, muito bem acompanhado pela minha cara metade. O filme não desilude. Não se destaca muito dos últimos filmes do género, mas está muito bem conseguido prendendo a atenção do espectador desde o primeiro minuto até ao seu final (algo surpreendente para mim). As cenas de acção estão carregadas de efeitos visuais e sonoros que nos fazem prender à cadeira (pelo menos na primeira parte do filme, mas já lá vamos).

“Emoções Lusomundo, confortáveis cadeiras e equipamentos de última geração” é o que se diz por aí, e de facto conseguem despertar muitas emoções, nomeadamente a vontade de sair da sala e pedir o dinheiro de volta! Passo a explicar: decorria a primeira parte já eu me queixava do ruído que provinha do altifalante central (responsável por 90% de toda a pista sonora de um filme), mas nada me fazia prever que a segunda parte fosse transmitida no velhinho estéreo. Findo o filme, cabe-me fazer a respectiva reclamação (sim, pelos vistos fui a única pessoa na sala que deu pelo sucedido). Não sabendo muito bem a quem me dirigir, interpelo uma senhora na bilheteira. Cedo percebi que estava a falar com a pessoa errada, com respostas do tipo “pois na segunda parte o som passou para 4.7” (4.7?), pelo que após algumas peripécias lá veio a gerente. Explico-lhe a situação e diz-me que uma equipa de semana a semana vem testar e configurar o som (o que andam eles a fazer?) e a minha reclamação lhes iria ser comunicada. Antes do formal pedido de desculpas, tive oportunidade de fazer referencia ao saudoso cinema S. Mateus (em Viseu), altura em que a gerente nada pôde fazer senão reconhecer a excelente qualidade de som do mesmo, que não está ao alcance de muitos, nem pelos vistos dos cinemas Lusomundo.

Com o preço dos bilhetes a 5€, qualidade de som e imagem que pode ser facilmente ultrapassada dando uso a vulgares sistemas de cinema em casa, não é muito árduo compreender o porquê de muitas salas vazias…

sábado, 5 de agosto de 2006

Até quando?!


A ofensiva israelita sobre o Líbano, e sobre a Palestina, não termina, nem parece estar perto do seu fim.
Dia após dia as imagens de destruição e de morte surgem em catadupa, sem que a comunidade internacional mostre sinais de querer pôr um fim a tal cenário. Os EUA, já foram a terreiro, pela pessoa de Condoleza Rice, mostrar hipocritamente que estão preocupados com a actual situação, quando no fundo, como todos nós sabemos, para além do óbvio apoio militar dos EUA aos israelitas, também é evidente que Israel está a fazer aquilo que os EUA gostariam de fazer, mas que por enquanto não lhes convinha.
Mas, por convicção, com quase toda a certeza, os EUA esperam que a Síria ataque Israel para terem "legitimidade" de desferir o seu ataque contra este país, e para estarem a um passo do Irão.
Depois do que se tem visto, interrogo-me sobre quem é que afinal faz parte do "pseudo eixo do mal". Isto porque, a pretexto do rapto de dois soldados, Israel destrói por completo todo um país, mata centenas de civis inocentes, obriga que todos os estrangeiros que aí se encontravam estabelecidos, tenham de regressar aos seus países de origem. Depois, no meio de tamanha hipocrisia, os israelitas ainda ficam chocados com os ataques indiscriminados do Hezbolah com os seus mísseis Katyusha.
Mas é demais por evidente, que este ataque dos israelitas nada mais é do que um tiro no próprio pé. Se na Palestina, e após tudo o que aí têm feito, o grupo terrorista Hamas atingiu o poder, que ninguém fique surpreendido, se nas próximas eleições no Líbano, igualmente o Hezbolah chegue ao poder. Não é difícil perceber o porquê, pois para as populações desses países, os únicos que os tentam proteger e que tentam fazer frente aos israelitas são exactamente estas organizações, temos como exemplo agora o Hezbolah que é o único a tentar defender o seu território, e ainda a atacar o próprio território inimigo.
Posto isto, julgo que violência gera violência, ódio gera ódio, e infelizmente, aquela zona do planeta continuará alicerçada na violência e no terror.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Resi4

Como fã de Resident Evil, foi com grande entusiasmo que recebi a minha cópia do quarto episódio da série, em troca de apenas 20€. Passados apenas 8 meses do seu lançamento, o jogo passa de 65€ para 20€, o que representa um desconto de 70%. Tal facto leva-me a julgar de acertada a minha decisão de não comprar o jogo por ocasião do seu lançamento, esperando que mais promoções destas se façam, principalmente para “nós”, possuidores de consolas “singelas”...

Passando ao jogo propriamente dito, Resident Evil 4 distancia-se dos jogos anteriores. Agora não há zombies para ninguém. Aquando da nossa chegada a uma estranha vila somos apresentados inesperadamente a um conjunto de “pessoas” que tudo nos querem fazer menos “bem”. Com o avançar da intriga apercebemo-nos que o horror cientifico dos anteriores Resi´s é substituído pela temática religiosa fanática, onde a comunidade acompanha cegamente um tal Priest para tudo o que é oculto e misterioso. Teremos também a oportunidade de encontrar velhos conhecidos, mas não me vou alongar muito nesta matéria para não dissipar o factor surpresa.

Controlando Leon Kennedy, personagem de Resi 2, que agora é agente federal, temos como missão salvar a filha de um tal presidente dos EUA, dando uso a novas armas e “gadgets” que poderemos encontrar no vasto mundo criado para este jogo. Tão vasto que se dizia impossível a conversão de um jogo criado para a Gamecube para a sua congénere Playstation 2. No entanto a conversão é quase perfeita definindo Resi 4 como um dos melhores jogos que já passou pela PS2. A fluidez de movimentos é impressionante (o jogo tem como opção a taxa de 60Hz), as texturas são fantásticas e os efeitos especiais excelentes.

Resi 4 marca uma nova etapa na série Resident Evil, sendo o melhor alguma vez feito. As 20h necessárias para terminar o jogo criado por Mikami e companhia, são puro entretenimento.

Resident Evil 4 – 10/10


quarta-feira, 12 de julho de 2006

Somos todos culpados


Estava eu hoje de manhã a comer o meu bolito de arroz e ouvia o "tasqueiro", entre tantos outros, a queixar-se do nosso "mísero" Portugal, de como isto é assim e assado, o governo, etc etc. Sim, somos um país pobre(para quase todos), disso não há dúvida. Ao pensar nisso reparo na imensidade de cafés que são servidos por dia e tento fazer uma estimativa das chávenas do dito líquido que são servidas neste pequeno pedaço de terra à beira-mar plantado. Sinceramente não faço a mínima ideia. Então faço uma estimativa por defeito. Talvez 3 ou 4 milhões, considerando que até há bastante gente que toma mais que 1 café por dia e que aproximadamente mais de 1/3 das pessoas toma café (alguém com ideias mais claras que me informe). Reparei também que o dito "tasqueiro" não registava os cafés. Será que é prática comum? Ora bolas. Então sabendo que o IVA na restauração é de 12% (estarei enganado?) e que o preço do café é de 0,50€ (e quando não é maior), o IVA correspondente fica a 0,06€/café. Não ponho em causa os pobres dos donos de cafés e restaurantes, a crise, etc etc. Mas caraças, eu tenho os meus impostos todos contados, não há hipótese de fuga. Vamos supor que só metade dos "tasqueiros" "esquecem-se" de registar cafés, ora então são cerca de 2 milhões de cafés não registados, são 120 mil euros todos os dias que não entram para o estado, que NÓS pagamos. Ao fim de um ano são quase 44 milhões de euros. Isto só em cafés!!! Algo realmente está mal. É claro que parece um pouco esquisito pedir recibo de 1 café, mas porque não são eles registados? E ainda por cima os gajos dos restaurantes ainda ficam chateados quando pedimos recibos. Parece inacreditável, mas a culpa também é nossa. Eu por mim estabeleci um limite, acima de 5€ peço sempre recibo. É certo que até de uma pastilha deveriam ser passados, mas as mentalidades têm que mudar aos poucos. Isto só mudará quando as pessoas que não tenham em sua posse os recibos do que compram e consomem sejam multadas, assim o cidadão comum já se preocupará com o "roubo" directo à carteira. Mas se pensarmos bem, estamos a ser roubados todos os dias, é que já sabem quem paga a dívida do estado.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

E viva a “Museca”!

Inserido no festival de Glastonbury em 2004, fazendo parte da Absolution Tour, foi com grande expectativa que assisti no meu sofá, ao concerto de Muse em formato DVD.

E que grande concerto! Bellamy e companhia não deixam os seus créditos por mãos alheias, e presenteiam-nos com uma fantástica interpretação dos seus mais conhecidos temas. Aliás a simbiose de Bellamy com a guitarra é perfeita e impressiona a facilidade com que os mais estranhos acordes “saltam” das cordas.
No âmbito técnico, a realização captura muito bem o espectáculo, ajudada pelos efeitos visuais a que este festival já nos habituou. O som faz as delicias dos amantes do stereo, neste caso no formato PCM sem compressão. Quem gosta do já tradicional 5.1 vai ficar algo desapontado porque não se encontra nenhuma faixa gravada neste formato no DVD.

9/10

Coff coff


E a gripe das aves? Onde anda? Enfim...

quarta-feira, 31 de maio de 2006

O outro lado


Mais de 10 anos depois eles ainda aqui andam. Num estilo que ao longo dos anos vai perdendo o fulgor, os Deftones acompanham a agressividade de bandas como os Korn, Tool e Metallica, que apesar do passar dos anos e natural amadurecimento continuam a dar-nos sons que levam-nos até à adolescência. Paradoxalmente, este B-sides & rarities mostram-nos a outra face (mas não muito diferente da que conhecemos) de uma banda que dizem estar a acabar (já o dizem faz 5 anos...), uma face não totalmente desconhecida de pequenas baladas rockeiras e versões. Note-se o brilhante "Please please please let me get what I want" dos The Smiths a acompanhar lados B dos singles e versões acústicas de alguns temas da banda. Indispensável para os fãs e um bom tempo de audição para quem gosta do género.
7/10

Greve dos pescadores


Segundo as notícias do dia de hoje, os pescadores portugueses estão em greve exigindo ao Estado português ajudas financeiras para os ajudar a combater o aumento dos combustíveis.
Nesta situação temos de analisar o seguinte, estes pescadores exigem que o Estado português recorra aos métodos que até aqui foram sistematicamente utilizados, nomeadamente o recursos aos fundos comunitários. Na minha opinião esta é típica atitude que na quase totalidade dos portugueses adoptaram após a adesão de Portugal à União Europeia, e após envio de elevedadissímas somas monetários através dos quadros comunitárias. Ou seja, ano após ano, os fundos comunitários foram sendo sistematicamente utilizados como meros paliativos, não se tendo tomado medidas estruturantes e com objectivos e metas de longo prazo.
Isto é exactamente aquilo que o nosso Ministro da Agricultura e Pescas (Jaime Silva) dizia na RTP1, se a forma como os fundos comunitários até aqui foram aplicados não produziram resultados positivos, não vamos insistir na mesma política, devendo-se apostar de forma diferente, visando outro tipos de objectivos.
Concordo com o ministro, e penso que esta deverá ser a atitude a ser tomada por todos os outros Ministérios de modo a que este último quadro comunitário seja eficazmente utilizado e que o nosso pobre país consiga daí tirar dividendos.

sábado, 6 de maio de 2006

MP3 - prós e contras

O MP3 (MPEG-1/2 Audio Layer 3) foi um dos primeiros tipos de arquivo a comprimir áudio com perda de dados, com eficiência, de forma quase imperceptível ao ouvido humano. O método de compressão baseia-se em estudos sobre psico-acústica. Basicamente, na forma de algoritmo, este retira da música coisas que o ouvido humano não conseguiria perceber devido a fenómenos de mascaramento de sons e limitações da audição humana. Ora é aqui que reside o cerne da questão: na minha opinião “o” MP3 é “um gajo que não usa cuecas nem meias porque não se vêm”. Quanto a mim existem frequências que, mesmo que o nosso limitado ouvido não capte, podem despertar outros sentidos e consequentemente nos levar a emoções diferentes. No entanto, é de louvar o que o MP3 nos trouxe: portabilidade, ficheiros pequenos que vieram a favorecer as “transacções” e consequente partilha dos mesmos, mas está na altura de adoptarmos Codecs mais avançados nomeadamente Lossless, ou seja sem perdas, que não removem nenhuma informação ao fluxo de áudio, por exemplo FLAC. Desta forma temos o melhor de dois mundos: a compressão Lossless, ficheiros mais pequenos que o PCM mas com a mesma qualidade. Mas será que mais alguém se interessa por isso?

quinta-feira, 20 de abril de 2006

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Se eu entrasse no South Park...

Se eu entrasse no South Park, esta seria concerteza a minha personagem. Se quiserem fazer a vossa sigam este link.

domingo, 9 de abril de 2006

Instinto Fatal 2

Brevemente num cinema perto de si, com o já famoso descruzar de pernas da sempre bela Sharon Stone.

"Downloads" ilegais dividem opiniões

Membros dos Blasted Mechanism e Primitive Reason opinam sobre "downloads" de música. Jurista considera difícil provar intenção de dolo.

As 28 queixas-crime apresentadas pela Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) contra utilizadores anónimos de programas de partilha de ficheiros levantaram uma questão já antiga. A legitimidade de processar criminalmente quem descarrega músicas protegidas da Internet é dúbia e sujeita a várias interpretações.

Luís Silva Pereira, jurista da Deco, considera difícil provar a intenção de dolo por parte dos "downloaders". Tal é, no entanto, possível pela avaliação de cautelas tomadas por parte de quem descarrega os ficheiros, como a ocultação por meios informáticos dos números de IP ou descarregamento por sítios ou programas que dificultem investigações.

A facultação dos números de IP por parte dos prestadores de serviços de Internet (ISP) à Polícia Judiciária é, explica Luís Pereira, perfeitamente legítima desde que parta de ordens de um Tribunal. Já o encerramento dos servidores de programas que permitem a partilha de ficheiros pela Net é, para o jurista, dependente do grau de abuso e utilização ilegal que proporcionam. Se se verificar que tais servidores são maioritariamente utliizados para a partilha de música e filmes protegidos, então o encerramento será legítimo. Já o encerramento de qualquer servidor de partilha de ficheiros "porque há a possibilidade de utilização errónea e ilegal, é um disparate completo", acrescentou.

"Downloads" dividem músicos portugueses

Nem todos os profissionais de música em Portugal encaram o descarregamento de música pela Internet como prejudicial aos artistas. Dado que o dinheiro procedente da compra de CD reverte sobretudo para as editoras, as bandas e músicos obtêm a maior parte dos rendimentos através de concertos.

Guillermo de Liera, vocalista dos Primitive Reason, declarou ao JPN que "o 'download' legal de músicas é óptimo para as bandas porque lhes dá uma projecção internacional que não obteriam de outro modo". Por outro lado, "os 'downloads' ilegais representam uma quebra de vendas enorme que levam a que as editoras não invistam tanto nos artistas, acabando por despedi-los por não serem rentáveis".

Valdjiu, membro dos Blasted Mechanism, refere que a banda "conseguiu dar a volta a este problema ao criar a sua própria editora que produz não só a banda, como vários outros projectos num espírito de parceria que não existe nas editoras convencionais".

Guillermo de Liera admite que com a disseminação das tecnologias de produção e edição musical, os músicos podem gravar e produzir os seus álbuns em casa, sendo que "a venda das músicas reverteriam exclusivamente para os artistas, em vez de 80% para a editora e 20% para a banda". O descarregamento ilegal de músicas é, para o vocalista, prejudicial, já que se os "downloads" de músicas do Primitive Reason se traduzissem em discos vendidos, a banda já teria obtido vários álbuns de platina.

Já o músico dos Blasted Mechanism afirma que o novo método de disponibilização gratuito do "produto intelectual dos artistas os coloca na vanguarda de uma nova sociedade em que desaparece o capitalismo dos intermediários". Para Valdjiu, "é bom que as pessoas tenham acesso às nossas músicas e as 'curtam' para depois verem ao vivo" a banda.

O preço médio de um CD em Portugal situa-se entre os 15 e os 20 euros, sendo que uma banda que cobre entre cinco e 10 euros por concerto lucra muito mais do que com a venda de álbuns - até porque dá muito mais espectáculos do que grava discos. Por estas razões, e apesar de considerar o papel das editoras importante, Valdjiu frisou que o seu desejo "é que se partilhe". "Em vez de andarmos todos a comprar e a vender, que se partilhe. Se as editoras desaparecem ou não já é entrar na futurologia, mas quiçá aconteça", diz.

http://jpn.icicom.up.pt/2006/04/07/downloads_ilegais_dividem_opinioes.html

terça-feira, 4 de abril de 2006

Indústria fonográfica processa portugueses que roubam música

"A Associação Fonográfica Portuguesa apresentou hoje, na Polícia Judiciária de Lisboa, 28 queixas-crime contra desconhecidos referentes a utilizadores de serviços de partilha de ficheiros de música através da Internet, anunciou o director-geral da organização, Eduardo Simões. O critério usado foi o do volume de faixas descarregadas, adiantou ao PUBLICO.PT o assessor de imprensa da associação, Tiago Cardoso."


Acerca disto só quero aqui deixar o seguinte:

Artigo 75.º dos direitos de autor
Âmbito
1 — São excluídos do direito de reprodução os actos de reprodução temporária que sejam transitórios ou acessórios, que constituam parte integrante e essencial de um processo tecnológico e cujo único objectivo seja permitir uma transmissão numa rede entre terceiros por parte de um intermediário, ou uma utilização legítima de uma obra protegida e que não tenham, em si, significado económico. Na medida em que cumpram as condições expostas, incluem-se os actos que possibilitam a navegação em redes e a armazenagem temporária, bem como os que permitem o funcionamento eficaz dos sistemas de transmissão, desde que o intermediário não altere o conteúdo da transmissão e não interfira com a legítima utilização da tecnologia conforme os bons usos reconhecidos pelo mercado, para obter dados sobre a utilização da informação, e em geral os processos meramente tecnológicos de transmissão.

E já agora:

http://clientes.netvisao.pt/pintosaa/Manifesto.htm


sexta-feira, 24 de março de 2006

Sem titulo

Hoje foi-me dita uma frase, que supostamente foi proferida por um jovem durante uma conferência que tinha como temática a droga, que considero excelente.
Então o que o suposto jovem disse sensivelmente a meio da conferência foi: "Comecei a brincar com a droga, agora a droga brinca comigo"

segunda-feira, 20 de março de 2006

TSI


A volkswagen apresentou o novo Golf GT 1.4 TSI com 170 cv. Tal facto representa uma pedra num charco de hegemonia, preconizada pelo domínio do diesel.

O motor 1.4 TSI é o primeiro propulsor duplamente sobrealimentado, tecnicamente designado TSI. Trata-se de uma motorização compacta de 1.4 litros, com injecção directa a gasolina, capaz de desenvolver 170 cv de potência máxima e um binário máximo de 240 Nm disponível entre as 1750 e as 4500 rpm. Estes impressionantes valores são possíveis graças à dupla sobrealimentação, que combina um turbo accionado pelos gases de escape com um compressor volumétrico accionado mecanicamente.
Ou seja, para os baixos regimes é usado o compressor e para as altas rotações o turbo, interligados em série. Este sistema faz com que a linearidade da resposta seja notável, ao contrário do que acontece nos carros “turbinados” a diesel, onde a resposta é “on/off” (ou há muita potencia ou a mesma não existe).
Tanta potência geralmente significa consumos altos, mas não neste caso onde a marca apresenta um consumo combinado de 7.2L por cada 100 km percorridos. No entanto se a baixa cilindrada deste propulsor adivinha uma redução no IA, e consequentemente uma redução no PVP, tal não se verifica no preço final. Cerca de 30 000€ é o que custa este VW, no entanto como nota de rodapé, é o mesmo preço pedido pelo mesmo Golf 1.9 TDI com 105 cv, ou até pela versão 1.6 FSI de 115 cv.

terça-feira, 7 de março de 2006

Mas por que raio...??!!

Mas por que raio neste país à beira mar plantado a culpa morre sempre solteira, ou então a culpa é sempre dos outros??!!
Mas por que raio ouvimos ex-ministros das finanças a pronunciar-se sobre a actual situação ecónomico-financeira do país, e nenhum deles assume, nem que seja um ínfima quota parte de culpa da nossa actual situação e consideram sempre que a culpa foi dos outros, e todos eles continuam a dar palpites aos actuais ministros sobre como governar, sendo que estes senhores dão estes palpites com uma elevada atitude de arrogância e prepotência, como se eles fossem os detentores de toda a verdade e de todo o saber??!!
Mas por que raio o nosso actual Primeiro-Ministro apesar de todos, excepção feita aos membros do seu governo e partido que o apoia, defenderem que Portugal não deveria investir na construção do novo aeroporto na Ota, e que não deveria investir no TGV, e apesar de tudo, numa atitude autista, os investimentos irem mesmo por adiante??!!
Mas por que raio, nenhum político, ou melhor, nenhuma pessoa influente, é condenada neste país??!!
Mas por que raio, depois da adesão de Portugal à antiga C.E.E., e ano após ano de enormes injecções financeiras, Portugal estar no estado em que está??!!
Mas por que raio...??!!

quarta-feira, 1 de março de 2006

Falta de respeito

É incrivel a falta de respeito que muitos sujeitos diariamente apresentam face aos outros, e vários são exemplos que se podem dar.
Para mim falta de respeito, vai muito para além de alguém não ceder o seu lugar num transporte público a um idoso ou a uma grávida, de estar ao lado de um caixote de lixo, e insistir em mandar para o chão o papel que tem na mão...
Hoje, por sinal, assisti e vivi, duas situações que são casos paradigmáticas desta enorme falta de respeito que certas pessoas insistem em ter face aos outros.
Uma das situações foi o facto de ter requisitado um livro numa biblioteca, e tal não é o meu espanto quando chego a casa e o começo a folhear, e reparo que o referido livro está quase desde o seu inicio ao seu fim, totalmente sublinhado e com indicações escritas à mão nas margens. Ou seja, o dito(a) iluminado(a) que antes de mim havia requisitado o livro, decidiu esquecer-se que o livro que possuía, não era seu, mas de todos, de todos aqueles que por um outro motivo, também irão utilizá-lo, e que aquilo que havia efectuado no livro, somente era para seu interesse e para mais ninguém.
A outra situação foi mesmo ao sair da porta da rua, então deparo-me com este cenário: estão dois cãezinhos a efectuaram as suas necessidades fisiológicas (defecar) em pleno passeio, com a sua dona a assistir, e logo após os seus animaizinhos terem acabado o que tinham iniciado, a referida pessoa, como se nada fosse consigo, virou costas e foi-se embora, ignorando a responsabilidade que tinha em apanhar aquilo que os seus animais de estimação haviam deixado em pleno passeio, pois, mais tarde ou mais cedo, alguém mais distraido, irá concerteza pisar algo que não desejaria.
É impressionante o quanto as pessoas insistem em olharem somente para o seu umbigo esquecendo-se que o mundo não gira somente à sua volta, bem pelo contrário, está muito para além delas, elas são apenas uma roda dentada em toda esta engrenagem que é a sociedade e o mundo. Era bom que as pessoas parassem um bocadinho para pensar, e reflectissem nas atitudes que diariamente têm e a influência que estas têm nos outros.

domingo, 26 de fevereiro de 2006

Carnaval


Sou sincero, se há época que detesto e abomino, ela é o Carnaval. Normalmente só reparo que estamos no Carnaval, quando ligo a televisão e vejo uns cortejos carnavalescos portugueses altamente pindéricos, numa clara tentativa de se colarem aos brasileiros.
No entanto, para além da enorme diferença de qualidade entre ambos cortejos, os portugueses ainda são mais sui generis , isto porque eles passam-se debaixo de um frio enorme, onde muitas das senhoras que por lá desfilam, quase desnudadas, "sambam", na ânsia de tentar fazer esquecer o quase estado de hipotermia que lhes atravessa todo o corpo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Decreto-Lei Anti-Tabaco Português


Finalmente o Governo Português aprovou um decreto-lei no sentido de regulamentar a proibição de fumar em locais públicos.
No entanto, e como eu infelizmente temia, é uma medida que fica claramente aquém daquilo que os não fumadores pretendem. Isto porque o que ficou decretado foi a proibição de fumar em todos os locais públicos de frequência obrigatória, como escolas e hospitais. Basicamente sítios onde até aqui, caso imperasse o bom senso dos fumadores, o fumo do tabaco nem se deveria ver.
Apesar de 50% dos portugueses serem favoráveis à proibição do fumo nos locais públicos, como indica o sitio sic online, o nosso Governo decidiu proteger os interesses das tabaqueiras, dos donos de cafés/bares/restaurantes e dos fumadores, ignorando uma vez mais, a saúde da larga maioria dos portugueses, ou seja, dos não fumadores.
Apesar de toda a União Europeia estar a adoptar medidas anti-tabágicas a sério, Portugal continua com medidas medrosas e avulso, onde inclusive este decreto-lei permite aos proprietários dos restaurantes decidir se proíbem ou não o fumo nos seus estabelecimentos. Penso que todos nós já sabemos qual irá ser a decisão dos donos dos referidos restaurantes...
Esperemos que daqui a uns tempos (não muito distantes), um governo que se preocupe a sério com esta problemática, tome verdadeiras e realistas medidas, até lá, salve-se quem puder...!!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

TVI

“a TVI é a estação com mais credibilidade que existe em Portugal. Por via da sua Informação e pela aproximação à verdade.” José Eduardo Moniz in Correio da Manhã.
IMHO podemos classificar a TVI de tudo menos credível. Sensacionalista, corriqueira e parcial é assim que qualifico a informação do canal orientado por este senhor.

De qualquer forma aproveito para lançar o debate neste espaço.

Calão à Inglesa


Da Internet já esperamos tudo. À distância de meia-dúzia de clicks tudo se arranja. Hoje em dia, música, filmes e programas navegam à velocidade de um piscar de olhos. Muito lixo se arranja, muito se fala e muito se comenta. Estes Arctic Monkeys são um caso raro (por agora) do boca-a-boca que funcionou bem para todos. Sem uma grande editora por trás (agora pertencem à mesma dos Franz Ferdinand), por intermédio da net, foram sendo conhecidos, discutidos e louvados por muito boa gente. Sem videoclips na MTV(agora já os têm), sem grande tempo de emissão radiofónica, estes britânicos venderam perto de meio milhão de discos na primeira semana do lançamento deste Whatever people say I am, that's what I'm not. Contrasenso? Talvez. Muito antes do lançamento, já as músicas circulavam pela net, porquê comprar o álbum? Perguntem a quem o fez. Por mim fica só a minha opinião. É um grande disco. Vê-se emergir uma nova geração de bandas que finalmente dão uma lufada de ar fresco ao panorama rock actual. Depois do disco do ano de 2005 ser atribuído aos Arcade Fire, muito se espera para 2006. Para começar este não está nada mau. Faixa sim, faixa sim (quase), o ouvinte fica deslumbrado pelo bater de pé que não consegue evitar. É cheio de vida, de letras irónicas e acutilantes, cheias de calão e ao nível do que melhor se deseja para animar as hostes. É certo que não está perfeito, mas chega para nos prender e fazer uma pesquisa às suas origens. E para Maio estarão no Paradise Garage. Para quem possa ter dúvidas chega o single "I bet you look good on the dancefloor". Disfrutem, detestem, ignorem, mas não deixem de ouvir. Para os meus camaradas(sem qualquer conotação política) adegueiros fica este "A certain romance":
"Well over there there's friends of mine
What can I say, I've known them for a long long time
And they might overstep the line
But you just cannot get angry in the same way."
9/10

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

À sorte


Depois da gnorreia, cirrose hepática e falta de gasolina voltei às lides adegueiras!! Espero que o tasco esteja bem rançoso e com aroma alcoólico.
Muito ouvi falar deste filme, "o regresso de Woody Allen". Diz-se (à boca cheia) que Allen não faz um Bom filme desde o início dos anos 80. Discordo. Para mim fez uma comédia brilhante ao brincar aos documentários com Sweet and lowdown (Através da noite) em 1999. Este de 2005, diziam, faria jus à reputação (esvaída) do realizador de Brooklyn. A história de Match Point baseia-se num ex-tenista profissional (Jonathan Rhys-Meyers) que procura uma vida mais estável dando aulas em country clubs elitistas. Aí trava amizade com um ricalhaço(Brian Cox) que namora uma femme-fatal (a nossa amiga Scarlett Johansson). A atração é instantânea e daí se desenvolve o enredo. Entretanto casa com a irmã do amigo, facadas no matrimónio, gravidez indesejada, assassínios etc etc etc. O filme cheirou-me muito a Closer (Perto demais), daí a minha desilusão. Parece que a criatividade de Woody Allen continua muito por baixo, mas de todo apagada. É um bom filme...simplesmente. A utilidade do filme é fazer-nos pensar na sorte. Hoje em dia despreza-se muito a sorte à medida que, paradoxalmente, os cientistas provam que a nossa existência é realmente fruto do acaso e que a Teoria do Caos é a mais aproximada da realidade. Por vezes tudo o que parece é-o. Mai' nada!
6/10

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

"O Crime do Padre Amaro"


Vi o filme português "O Crime do Padre Amaro" e confesso que fiquei profundamente desiludido.
Tenho pena de nunca ter lido o livro com o mesmo nome, de Eça de Queiroz, onde este filme se baseia, apesar do realizador ter feito uma adaptação para os novos tempos, pois penso que a minha crítica seria mais fundamentada.
Assim, baseando-me apenas no filme, considero-o na globalidade como fraco. No entanto esta classificação não advém de maus actores ou algo do género, pois verdade seja dita existe um conjunto de actores com excelentes performances, podendo dar-se como exemplo Nicolau Breyner, Nuno Melo, João Lagarto, José Wallenstein. Até a própria actriz principal Soraia Chaves, apesar de esta ter sido a sua primeira participação no mundo do cinema, considero que tem uma prestação bastante razoável.
No entanto, é um filme com um elevado número de cenas de carácter sexual, onde por vezes estas balanceiam muito entre o erótico e o pornográfico, algo perfeitamente dispensável, pois este é um filme onde o assunto principal não justifica minimamente cenas tão explicitas.
Em outras partes do filme, o realizador tentou dar-lhe um aspecto "Hoolywoodesco", mas que ficou claramente aquém daquilo que é exigível a nível de qualidade cinéfila, pois certas cenas derivado talvez da escassez do orçamento, apresentam um nível que se pode classificar de amador.
Depois considero também, que a qualidade apresentada em algumas cenas é bastante fraca.
A nível de temática, e de um modo geral, é um filme que tenta abordar a promiscuidade existente no mundo da igreja.
Deste modo, não encontro explicação para que este tenha sido o filme português mais visto de sempre, pois a qualidade é algo que não abunda.

5/10

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Munich

Depois da primeira tentativa falhada, lá conseguimos o bilhete para podermos assistir à sessão do tão afamado e badalado Munich, o mais recente filme de Steven Spielberg.

Se o início preconiza o “Bem” do lado dos israelitas, o desenrolar do filme propende para um equilíbrio moral. Com a missão de assassinar os responsáveis pelos acontecimentos dos jogos Olímpicos de 1972, o desenrolar da trama revela a desintegração do grupo e onde os perseguidores passam a ser os perseguidos.

Interessante também é o conflito de identidades e mentalidades, tentando dar as perspectivas e motivações quer do lado dos palestinianos, quer do lado dos israelitas, o que constituiu uma surpresa para mim uma vez que esperava uma tendência pró-israelita.
É um filme, quanto a mim, diferente de tudo o que já vi (melancólico e violento), pelo que não se podem estabelecer quaisquer paralelismos entre Munich e outras referências cinematográficas.

Moral da história: fundamentalismo não leva a lado nenhum.

7/10

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Hipocrisia


Vejam bem a hipocrisia deste líder mundial.
Vladimir Putin convidou os líderes do movimento radical Hamas, vencedores das últimas legislações legislativas da Palestina, para estes se deslocarem à Rússia. Contudo se bem me lembro, este é o mesmo movimento que V. Putin apelidava de terrorista à uns tempos atrás.
Defendia então que se devia eliminar a qualquer custo estes movimentos terroristas, isto porque na altura, e ainda actualmente se verifica, a enorme "pedra no sapato" que os russos têm, que são os movimentos Tchetchenos, também estes considerados por Putin como terroristas, e como tal impossível de encetar qualquer tipo de diálogo/conversações.
Ou seja, se por um lado defende que não se deve negociar com movimentos radicais/extremistas (terroristas), acrescentando eu, e bem, por outro lado inicia contactos com o movimento Hamas.
Tudo isto levanta muitas dúvidas, de se saber quais os reais interesses da Rússia nestes contactos.

domingo, 5 de fevereiro de 2006

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Tabaco


Por vários motivos uma vez mais faço um "post" um pouco atrasado, no entanto a temática que vou abordar é daquelas que eu mais gosto de "discutir", e não queria deixar de me pronunciar sobre tal situação.
Assim, o que me leva a fazer este "post", foi ter visto uma reportagem na RTP1 sobre a feliz decisão do governo espanhol de à umas semanas atrás ter promulgado uma lei sobre a proibição de fumar em locais públicos fechados. No entanto, na altura os espanhóis não aparentavam ainda ter a real noção das repercussões desta medida, agora com o tempo surgem os críticos, ou seja os fumadores.
Fiquei totalmente atónito, quando vejo fumadores (espanhóis) muito chateados pelo facto de agora não poderem fumar nos cafés, restaurantes, etc., de dizerem ter sido uma falta de respeito do governo espanhol a promulgação de tal lei. Falta de respeito, digo eu, é o facto deles ignorarem todos os outros que se encontram em seu redor e que não pretendem fumar, nem activa nem passivamente e têm de levar com o fumo dos outros.
Nós por cá ainda nem lei temos a regulamentar tal situação, o Ministro da Saúde (Luís Filipe Pereira) do defunto governo de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes apresentou 3 possíveis propostas de lei, sendo que a rigidez das mesmas foi decaindo, até que nada ficou decidido.
O actual Ministro da Saúde (Correia de Campos), diz que se encontra a estudar a situação e a ouvir as várias partes interessadas, sendo que uma destas é associação de bares e discotecas (penso que não é preciso fazer uma grande ginástica mental para se saber qual a opinião destes). Deste modo, resultante deste vazio legal, todos os não fumadores, onde eu orgulhosamente me insiro, somos obrigados a quase diariamente inalar aquilo que não pretendemos. Somos obrigados a levar com os fumadores que insistem em "puxar" do seu cigarro em pleno restaurante, ignorando totalmente aqueles que porventura ainda se encontram a comer em seu redor. Lá teremos de continuar a sofrer com o facto de que quando vamos a um café/pastelaria/bar, e termos de levar com o fumo dos outros.
Posto isto, só posso (uma vez mais) tirar o chapéu à Espanha por se encontrar na vanguarda.

sábado, 28 de janeiro de 2006

Repercussões das eleições na Palestina

Este "post" já era para ter sido criado após se saber que o Hamas havia ganho as eleições palestinianas, no entanto fiquei na expectativa para tentar perceber quais as repercussões imediatas deste resultado eleitoral.
Assim, em primeiro lugar convém referir que o Hamas ganha em detrimento do partido que Yasser Arafat fundou, e que foi durante todo este período o partido que sempre governou a Palestina, entenda-se Fatah.
Hamas, partido radical e fundamentalista, apoiante indefectível e responsável por muitos ataques bombistas, sobe assim ao poder e com maioria absoluta.
As primeiras reacções de todo o lado foram de precaução, no entanto com o "assentar da poeira", começa-se a vislumbrar um cenário ainda mais negro para toda a problemática associada aquela região.
A Palestina aparenta começar a cair numa guerra civil, onde as posições se estão a extremar, sendo que os apoiantes da Fatah não parecem querer aceitar a derrota e entregar o poder ao Hamas.
Por sua vez, Israel, mediante a voz da sua ministra dos negócios estrangeiros, já informou que não se encontra disponível para negociar com os terroristas do Hamas, deixando assim, um processo de paz, que apesar de muito complicado e complexo, e que após a morte de Yasser Arafat parecia ter-se reatado, com estes resultados eleitorais todo o caminho já percorrido para ter sido em vão.
Os E.U.A., pela voz do seu presidente, já veio a terreiro dizer, apesar de modo não muito directo, que não se encontra disponível para continuar a financiar a Autoridade Palestiniana, pois o Hamas encontra-se referenciado pelos E.U.A. como terroristas, e como alvos a eliminar.
Deste modo, aquela região continuará a viver sob uma tensão constante, e se até aqui o futuro não era muito risonho, a partir de agora os pontos de interrogação aumentaram exponencialmente.

sábado, 21 de janeiro de 2006

Presidenciais


Por motivos vários, esta semana que está a terminar não foi de modo algum simpática para mim, pelo que desde domingo não tive a mínima possibilidade de publicar um qualquer "post".
Aquilo que me leva a escrever este "post" é o facto de domingo, todos nós, portugueses, maiores de 18 anos e recenseados termos a possibilidade de exercer o nosso direito de voto, e escolhermos o próximo Presidente da República.
Seis são os candidatos que se apresentam a votos, alguns outros ainda o tentaram ser, no entanto por motivos de vária ordem, não conseguiram reunir as condições necessárias para serem aceites pelo Tribunal Constitucional.
Deste modo, aqueles que conseguiram ser aceites foram: Garcia Pereira, candidato apoiado pelo partido à qual dirige, o PCTP-MRPP; Francisco Louçã, igualmente dirigente partidário, nomeadamente do BE, e candidato apoiado pelo referido partido; Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, apoiado pelo mesmo partido; Manuel Alegre, membro histórico do PS, apresenta-se nestas eleições como independente; Mário Soares, candidato apoiado pelo PS; Cavaco Silva, apresentou-se como candidato supra-partidário, no entanto, teve o apoio dos partidos mais à direita, nomeadamente o PSD e o PP.
Depois de apresentados os candidatos, vou tentar caracterizar cada um deles, a campanha e quais as minhas previsões para domingo.
Quanto aos candidatos, Garcia Pereira, apenas em 2006 teve as suas primeiras aparições nas televisões, pelo que deste modo, não teve a possibilidade de participar nos debates que decorreram nas três televisões (RTP, SIC e TVI) estando impossibilitado de expor as suas ideias e apresentar o seu estilo de governação como putativo Presidente da República. Mas para mim, e em abono da verdade, pouco ou nada o iriam ajudar a angariar mais uns votantes, penso até que só o iriam prejudicar, pois o seu estilo fundamentalista, o discurso de uma esquerda já quase inexistente na sociedade portuguesa, não conseguiria fazer com que os portugueses se identificassem minimamente com as suas ideias. Julgo inclusive, que a sua ausência dos debates, o ajudou a conservar alguns votos, principalmente daqueles, que o identificam como o advogado de Alfredo Pequito (o indivíduo que tentou incriminar a Bayer por práticas pouco legítimas no mundo da farmacêutico), ou seja, um defensor dos desprotegidos. A sua campanha tirando um outro apontamente passou quase despercebida.
Francisco Louçã, líder dos bloquistas, fez toda a sua campanha a apregoar tudo aquilo que o caracteriza (legalização das drogas leves, liberdade de matrimónio para casais homossexuais e mais umas tantas banalidades), nada mais. Mais parecia uma campanha para umas eleições legislativas e não para umas presidenciais.
Quanto a Jerónimo de Sousa, o secretário-geral do PCP, contínua a fazer transparecer uma imagem de um indivíduo simpático, de trato fácil, com fortes ligações familiares, no entanto, contínua a viver nos anos 60/70. Não possui minimamente uma visão realista sobre aquilo que é a actualidade, tem claramente uma visão desajustada, onde ainda imagina possível organizações empresariais com centenas de trabalhadores com funções todas elas específicas, não aceitando a multidisciplinaridade, devido à redução de pessoal a que isso exige. No fundo, Jerónimo de Sousa defende organizações empresariais à imagem da função pública, dezenas de pessoas a tentarem cumprir a mesma função, com promoções automáticas, onde o mérito e as competências são claramente secundárias. Basta acrescentar, que contínua a apontar o dedo aos empresário de sucesso, como sendo estes os responsáveis pelos índices de desemprego existentes actualmente em Portugal.
Manuel Alegre, membro histórico do PS, avançou de modo inesperado para as eleições presidenciais, deixando muitos socialistas incomodados com tal posição. Os debates que efectuou não lhe correram evidentemente bem, sendo que nessa altura, e segundo as sondagens, perdeu terreno, para o seu adversário directo Mário Soares. No entanto, com o decorrer da campanha, e uma vez mais segundo sondagens, conseguiu recuperar o terreno perdido para o candidato apoiado pelo PS. Quanto a ideias estruturantes propostas por este candidato, não vislumbrei nada de relevante, apenas reti uma, que me surpreendeu pela negativa, ao afirmar que dissolveria a assembleia da república, caso a companhia das águas fosse privatizada.
Relativamente a Mário Soares, pouco há a dizer, sem ideias, apenas fazia questão de em todos os comícios acusar Cavaco Silva de algo.
Por fim, Cavaco Silva, apoiado indirectamente pelo PSD e pelo PP, tentou manter-se à margem de polémicas, evitou as trocas de acusações com os outros candidatos. Foi apresentando uma ou outra ideia de como irá governar, mas tentou-se sempre resguardar e procurou ser o mais politicamente correcto possível, pois não queria de modo algum perder qualquer parte que fosse do seu eleitorado.
Assim, foi uma campanha com pouco sumo e sem ideias.
Desta forma, domingo ficaremos a saber se Cavaco ganha à primeira volta, ou se vai ter de ir a uma segunda enfrentando com quase toda a certeza Manuel Alegre, pois, ou eu muito me engane, ou no domingo Mário Soares irá ter um resultado ridículo.
Se existir uma segunda volta, toda a esquerda concerteza irá reunir-se em torno de Manuel Alegre, tentando desesperadamente evitar a eleição de Cavaco Silva.

Nota: Este "post" apenas reflecte a opinião de um dos colaboradores do Adegueiro (Jaymz), pois este blog caracteriza-se pela liberdade de cada um expressar aquilo que considera sobre uma qualquer temática.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

MIT em Portugal


Ao que parece existe um ministro no Governo que se opõe à entrada em Portugal do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Esse mesmo senhor queria que o IST (Instituto Superior Técnico) tivesse a exclusividade da parceria com o MIT. Como se o IST fosse a única instituição de qualidade em Portugal!
Ora bem, não será razoável pensar-se que esse Ministro se trata de Mariano Gago? Que se formou no IST e onde ainda hoje é docente?
Para quem não sabe o MIT é a melhor faculdade do mundo em engenharia e isto não deve estar a ser bem digerido pelos senhores do IST que se caracterizam pela mania da superioridade. Já agora deixo uma pergunta no ar…Não é o MIT um politécnico?

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

A feira das vaidades

Vivemos num grande país!
Digam o que disserem esta é a minha opinião. Vejo as crianças livremente na rua, sem medo de pedófilos, de gatunos, de gripe das aves, de qualquer coisa. Vejo gente na rua às 4h da manhã, vejo vizinhos que se cumprimentam "simplesmente" porque vivem no mesmo bairro...vejo o verdadeiro sentido de bairro. Vejo executivos ao lado de arrumadores a tomar o seu copo depois de um dia de trabalho (mais emprego para uns, mais trabalho para outros...deixo isso à vossa consideração). Vejo centros comerciais cheios, vejo restaurantes cheios, vejo bares cheios, vejo o mercado cheio, vejo as prisões cheias, vejo as escolas cheias, vejo porque quero ver. Poderia começar a falar na pobreza,na solidão,nos deficientes, nos velhinhos, nos ciganos, no senhor padre e a sua clientela, mas não me apetece. É claro que nada é perfeito, há sempre quem esteja mal, é inseparável da condição humana. Cada um tem o seu estilo de vida, uns consomem mais, outros preferem a via alternativa, a via da esquerda, a via da direita, a via aérea...há liberdade! Que se lixem os corruptos, um dia estaremos cá para os julgar a sério. Que se lixem os políticos que apenas fazem política. Um dia cá estaremos para os julgar. Que se lixem os ranhosos que enganam o próximo como quem respira. Um dia estaremos cá para os julgar... Um dia! Esse dia pode ser já amanhã. Estão a ver aquele lixo humano ao vosso lado? Lidem com ele já, não percam tempo em queixas. Os males vêm da pouca acção. Será que mais vale reclamar baixinho e viver acertado? Quem tem de pagar fa-lo-á! O poder está nas nossas mãos. É a grandeza deste país. Vivemos relaxados, temos mais de 3 ou 4 horas para nós (em que país "desenvolvido" o podemos afirmar?). Temos a tasca com falta de higiene, mas cheia de cultura. Temos a praia, temos o campo, temos a história, temos as pessoas, temos gente linda, temos opções. Ser optimista não é crime, pois não? Sr. engravatado, vá-se lixar mais esse aperto de mão falso e sorriso hipócrita. Vamos é ser honestos. Este país é grande porque somos nós que o vamos mudar. Amanhã posso já não acreditar nestas palavras, mas talvez...ainda vamos conseguir. Morte aos chupistas! Viva a nação que somos nós, a "escumalha"! Viva o nosso bairro!

domingo, 15 de janeiro de 2006

Opinião

"Santana Lopes vai andar por aí. E tem vontade de fazer sangue."
João Cândido da Silva, PÚBLICO, 14-01-2006

Lamento mas não concordo na totalidade com aquilo que o sr. João Cândido da Silva diz no jornal público do dia 14-01-2006. Realmente Santana Lopes anda por aí a tentar fazer sangue, a tentar vingar-se daqueles que não estiveram do seu lado aquando da sua breve passagem pelo governo e aquando das últimas eleições legislativas.
No entanto, pelo menos partindo da última entrevista dada por dita personalidade, o único sangue que ele conseguiu fazer, foi o tiro que deu no próprio pé, ao afirmar que se Cavaco ganhar as eleições, este irá ser um foco de instabilidade.
Penso que Santana Lopes ainda não percebeu que após a sua passagem como primeiro-minstro ele encontra-se totalmente descredibilizado perante os olhos da larga maioria dos portugueses, ao contrário de outros...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006


A celebração do aniversário da maior banda nacional, que assinalou 25 anos de carreira, ocorreu nos dias 8 e 9 e Outubro no pavilhão Atlântico.
Não me vou pronunciar da festa, mas sim da edição em DVD que capturou este evento.
Poucas são as edições de concertos em DVD em alta-definição, mas este apresenta excessiva pixelização, denunciando uma deficiente captura de imagem. Não fosse o disco original e não me admiraria que o mesmo tivesse passado por uma compressão à “DVD-Shrink”.
Também muito mau é o menu. Até um amador faria muito melhor, e a musica do mesmo parece retirada de uma qualquer concentração de Tuning.
Por fim, fico algo desiludido com toda a produção e concepção deste DVD. Vale essencialmente pela música e performance dos Xutos (o mais importante).

6/10

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

De regresso à Terra


Depois do fabuloso álbum de estreia Is this it de 2001, os nova-iorquinos The Strokes conquistaram rapidamente o Mundo (em grande parte graças a Last Nite, música dos anúncios da Vodafone durante bastante tempo). Mas nem só desse single vive esse álbum, é puro rock de guitarras bem "afiadas" e de altíssima qualidade, num tempo em que o hip-hop e o nu-metal (seja lá o que fôr) proliferavam. Em 2003 lançam Room on fire, bastante mais modesto, talvez pela expectativa dos fãs e simpatizantes, talvez pela fasquia dos tempos de hoje se elevar (e baixar) rapidamente, talvez porque (aparte de 2 ou 3 músicas) não era suficientemente bom, talvez porque não se proporcionou.
Janeiro de 2006, os The Strokes lançam este First impressions of Earth, com bastante mais qualidade que o seu antecessor, com algumas músicas brilhantes (o single Juicebox é soberbo), mas com outras que mais parecem ser para encher o disco. Uma montanha russa. A qualidade não é constante, mas sem dúvida está presente. Ainda não é nenhuma confirmação dos Strokes, nem da qualidade nem da falta dela. Fica a meio caminho dos trilhos já percorridos pela banda. Por agora vale a pena ouvir.
7/10

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

The Village



Acabei de ver este filme (The Village) e confesso que o raio do filme surpreendeu-me.

Quando o filme se inicia e com o desenrolar do mesmo comecei a ficar à espera de ver mais uma mega, super produção "Hollywoodesca", com uns efeitos especiais muito bonitos e que o iriam conduzir a ser considerado mais um filme, somente mais um.

Contudo, quando o cerne do filme é posto a nu, confesso que fiquei francamente surpreendido, pois uma história que aparentemente nada tinha de extraordinário, mais uma simples idealização de Hollywood, revela-se numa história bastante original e interessante.

Um conjunto de indivíduos optar por um outro modo de vida, deixando e abdicando de muita coisa, simplesmente à procura da felicidade, da paz e da serenidade.

Gostei!!!

7/10

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

9,98€ obriga à passagem de factura

Quanto aos outros países não faço a minima ideia do que por lá se passa, se aceitam bem ou mal as varias medidas impostas pelo Estado, no entanto, Portugal é concerteza um caso sui generis.
Ao que consta o Ministério das Finanças prepara-se simplesmente para impor a obrigação aos bares e restaurantes, de estes terem de passar facturas por vendas e serviços acima dos 9,98 euros. No entanto, mal a medida é ouvida pelos visados, aqui d'el rei, mas que abuso, isto é inaceitável.
Segundo o Diario Digital, "a Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP) contesta a medida que deveria entrar em vigor esta segunda-feira, e espera uma clarificação sobre a sua legalidade durante o encontro com o secretário de Estado Manuel Tomás".
No jornal da tarde (RTP1) deu uma reportagem onde é entrevistado um dono de um restaurante, em que este se mostrava totalmente indigando por tal medida.
Mas qual é a transcendência desta medida, simplesmente uma medida justissima, uma forma de o Estado tentar evitar que sejam mais uns milhares a fugir aos impostos, na minha opinião isto é algo que deveria estar implicito no acto da venda de qualquer coisa, nem deveria haver a necessidade de se encontrar legislado para se cumprir, no entanto nós por cá não, ou nos obrigam a pagar os justos impostos, ou então tudo se faz para fugir e para amealhar mais algum.