terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Rock, onde andavas tu?


Os reis voltaram! É essa a boa nova que vos trago!
Banda constituída (na formação definitiva) por Jimmy Page (guitarra e voz), Robert Plant (voz), John Paul Jones (baixo) e John Bonham (bateria), foi formada em 1968 e finda em 1980 com a morte (livre de drogas) deste último.
Desde esse ano só por duas vezes se reuniram (com o filho de John Bonham, Jason, na bateria) em 1985 para o LiveAid e em 1988 para o 40º aniversário da Atlantic Records.
Depois de muito se especular, foi a 10 de Dezembro deste ano que se fez o primeiro e último (assim se NÃO espera) concerto de reunião, na O2 Arena em Londres.
Por esta altura também saiu este Mothership, colectânea constituída por 3 discos com faixas de todos os 8 álbuns de estúdio, escolhidas pelos 3 membros sobreviventes da banda. Traz também um DVD com momentos ao vivo onde se comprova o estilo explosivo Led Zeppelin.
Este é um álbum que nos faz notar a influência de muitas bandas actuais e a qualidade que mesmo passados 30 anos demonstram na sua sonoridade. A não perder!
9/10

sábado, 1 de dezembro de 2007

BiarooZ - Lucas



Mais uma nova banda nacional. Os BiarooZ são de Barcelos e têm vindo nos últimos tempos a fazer uma "tour" por Portugal. Têm ao vivo uma força que poucas bandas consagradas conseguem atingir. Têm uma forte componente electrónica aliada ao convencional uso de instrumentos (não vão vocês pensar que a electrónica domina o Mundo), com uma sonoridade ambiental, rock e por vezes a roçar o punk instrumentalizado. Fizeram uma grande banda sonora do filme Nosferatu e colocaram o seu último e único LP Atraso disponível para download gratuito em www.honeysound.com. Aconselho porem o ouvido neles.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Stowaways - Charity fucker



Respondendo ao repto atirado pelo Jaymz, mostro aqui os Stowaways uma banda de Matosinhos que me surpreendeu no seu anterior álbum (lançado em conjunto com os Alla Polacca, urgente ouvir!) We have made thousands of lonely people happy: why not you?, 2003. No ano transacto põem no mercado o seu primeiro álbum em nome individual, Huntclub, de onde retiro este Charity Fucker. Um grande abraço!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Orangotang - Lâmpada Azul



"Uma história de canções que reúne em português, indie rock de guitarras e ritmos fortes, melodias e electrónica vintage. Os singles "Só!?"e "Lâmpada Azul" primeiros avanços do disco, ambos com percurso de conquista de airplay significativo, renderam à "Propaganda Tour" mais de 60 concertos. De volta a Espanha, 3 datas mais, em encerramento de ciclo. No outono transmontano, colhem-se trunfos, ultimando os temas a incluir no álbum 2 na carreira da banda. Com saída prevista em 2008, numa primavera de canções eléctricas. Bom Inverno, Até já..."
E é assim, que os Orangotang, banda portuguesa, originária de Mondim de Basto, se apresenta no seu myspace. Acrescento só, que 3 são os elementos, nomeadamente, Rui Mota - Voz e Guitarra, Rui Lemos - Bateria, e Rui Pintado - Baixo e Synths.

Este videoclip, inaugura assim um novo espaço aqui no "Adegueiro", que será destinada à apresentação de videoclips de bandas portuguesas de qualidade.

sábado, 17 de novembro de 2007

Trivium

A minha mais recente indagação pelo metal/trash/progressivo dá pelo nome de Trivium. Trivium em latim significa “os três caminhos” que pretendem revelar os diferentes estilos que a banda adopta na construção dos seus álbuns. Formada em 2000 – Orlando, Florida – lançam em 2003 “Ember to Inferno”, álbum com excelentes composições mas que peca pela deficiente produção. Dois anos depois lançam o seu expoente máximo – “Ascendancy”. Com o nível de produção ao mesmo nível da qualidade técnica dos intérpretes, que diga-se de passagem é ímpar, imergem de imediato os gloriosos 80´s do trash, relembrando bandas como Metallica, Pantera, Slayer, entre outros. Segue-se em 2007 "The Crusade" – o renascimento do “old school trash metal” aliado ao moderno rock progressivo.

Conhecidos como os novos Metallica, não é difícil concordar com esta conotação. Tecnicamente irrepreensíveis, a inspiração de Matt Heefy na voz de James Heftield é evidente, as composições com riffs disformes e solos aliados à poderosa “bateria-metralhadora” completam a argamassa de que são engendradas as músicas de Trivium. Se houve alguma banda que me fez recordar os tempos em que desbravei os álbuns de Metallica, essa banda dá pelo nome de Trivium.

Recomendado. 9/10

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sistema biométrico


O Ministério da Saúde, na pessoa do seu responsável máximo, Correia de Campos, decidiu implementar um controlo de presenças através do recurso ao sistema biométrico.
Este novo sistema, vem substituir o vulgar livro de ponto, onde uma simples assinatura atesta a presença da dita pessoa no seu local de trabalho. Por outras palavras, o trabalhador quando chega ao seu local de trabalho assina o referido livro, e quando sai, volta a assinar.
No entanto, o que ao longo do tempo se assistiu, é que este controlo de presenças, falhou redondamente, pois, e pegando-se no exemplo dos médicos, diversas eram as ocasiões em que apesar de haver a assinatura de entrada do médico, que indicaria a sua presença no seu posto de trabalho, ele aí não se encontrava. Acrescenta-se, que este mesmo médico não tinha a necessidade de estar presente para assinar quando acabassem as suas horas de trabalho, dado que algum colega iria assinar por si, atestando assim a sua presença durante as horas exigidas por Lei. O que se verificava, é que durante este período, estaria a trabalhar no seu consultório ou em alguma clínica privada.
Assim, este novo sistema de controlo de presença, vem repor a ordem, mas como é óbvio, em particular médicos e enfermeiros, já vieram manifestar a sua oposição, por seu turno, e curiosamente, o pessoal administrativo não se manifestou contra, talvez por serem os únicos a cumprir aquilo que a Lei determina e como tal será indiferente para eles, que as suas horas de trabalho sejam verificadas com o recurso ao livro de ponto ou à biometria.
Lamenta-se aqui esta falta de humildade e honestidade por parte dos médicos e enfermeiros, pois o que esta medida procura é simplesmente rigor, até mesmo no controlo das horas extraordinárias reivindicadas por estes.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mestre Diaby


Volta e meia, lá aparece um destes "flyer's" nas escovas do pára-brisas, o que me leva assim a crer, que o crime afinal compensa mesmo.
Pois como é óbvio, este e outros "mestres" não passam de charlatães, que vivem à custa do embuste e da mentira, iludindo aqueles que se deixam levar por conversas fáceis e fúteis. No entanto, aqui o que seriamente me preocupa, não é a tacanhez e o atraso daqueles que recorrem a estes "serviços", mas sim a inércia das autoridades, dado que a este tipo de situações deveriam ser-lhes colocadas um ponto final.
Contudo, este é mais um daqueles casos que toda a gente conhece, mas que é simplesmente ignorado e colocado de lado.
Para além de tudo isto, há duas questões que me assaltam. Uma delas, é que de acordo com o já referido flayer, o "Mestre Diaby", indica que é "considerado um dos melhores profissionais de Portugal.", o que eu gostaria de saber, é quem o classifica como tal, e onde está essa lista classificativa, para que apenas a título de curiosidade, pudéssemos todos saber quem é o nº 1 deste mundo.
A outra questão, é se após cada sessão, chamemos-lhe assim, o "Mestre Diaby" passa recibo verde da prestação do serviço, e se passar, qual será a actividade com a qual está colectado nas finanças.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Ciganos...!



"Onze indivíduos "invadiram" segunda-feira uma escola básica em Beja, provocando prejuízos materiais no refeitório e o "pânico" entre alunos e funcionários (...) de acordo com a professora Domingas Velez, presidente do Conselho Executivo da Escola Básica 2, 3 de Santa Maria, em Beja, tudo começou por volta das 13:00, no refeitório, quando, durante o almoço, um dos alunos agrediu uma colega. Ao aperceber-se da situação, um auxiliar de acção educativa da escola, "cumpriu a sua função e tentou acabar com a agressão, afastando o aluno da colega".
"Pouco tempo depois, oito homens e três mulheres de etnia cigana, entre os quais o pai e a mãe do aluno, invadiram a escola, dirigindo-se ao refeitório para acertarem contas com o funcionário" (...) como não conseguiram encontrar o auxiliar de acção educativa, explicou a professora, os indivíduos "provocaram desacatos e danos materiais no refeitório, onde partiram diversos materiais, como mesas, pratos, copos e tabuleiros, criando o pânico entre os alunos"."Uma das mulheres, a mãe do aluno, até agrediu, sem qualquer motivo, uma funcionária da cozinha", precisou a professora."
FONTE

Muito poderia ser dito sobre os ciganos, como o facto de viverem em casas oferecidas pelo Estado, dispensando-se depois em pagar a renda, os subsídios que recebem para que assim possam viver como simples parasitas societais e por aí adiante, mas vamos-nos cingir ao conteúdo desta notícia.
Uma vez mais, "pessoas" da raça cigana, promovem aquilo que mais gostam e que apenas dominam, o caos, a destruição e a violência.
É triste, que repetidamente, meia dúzia de selvagens, decidam destruir aquilo que jamais o tenham ajudado a construir. Cumprir regras e seguir orientações da sociedade, é algo que não consta na parca inteligência deste grupo, uma vez, que se regem por valores próprios e como é óbvio, muito distantes daquilo que a Lei obriga e impõe.
Infelizmente esta e outras acções idênticas são recorrentes por parte desta raça no nosso país, e é pena que não sejam tomadas medidas duras e radicais no sentido de se educar severamente este grupo que teimosamente persiste em viver alheado da Constituição Portuguesa.
Termino dizendo, que tenho pena do funcionário envolvido, pois este com toda a certeza ainda irá sofrer na pele, o facto de ter exercido a sua autoridade para por fim a um acto de violência.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

1408

O mundo cinéfilo já estranhava! Passaram-se 4 anos desde o último filme adaptado ao grande ecrã a partir de obras de Stephen King (Dreamcatcher, 2003). é verdade que entretanto já se tinham adaptado algumas obras para a televisão no formato de mini-séries. Tem que se dar a mão a palmatória, o homem escreve que se farta, e bem! Temos clássicos como Carrie, Shinning, The Green Mile, etc etc... Agora surge-nos este 1408, realizado por Mikael Hafström, um ilustre desconhecido que começa agora a aparecer nos circuitos mais comerciais. O filme conta com o sempre-em-bom-nível John Cusack, no papel de Mike Ensil e com o grande Samuel L. Jackson no papel de Gerald Olin.
Mike Ensil é um escritor que passa a vida a percorrer sítios "assombrados" como Hotéis, Cemitérios, Mansões, etc... Rapidamente chegou à conclusão que não há nada que se assemelhe a fenómenos paranormais...ou haverá? (muahahahah) Um dia chega-lhe às mãos um postal do Hotel Dolphin, cuja fama de ter um quarto maléfico supera a de todos os outros. A muito esforço consegue ficar no famoso 1408, apesar dos avisos e verdadeiros subornos que o gerente do Hotel, Gerald Olin, lhe faz. "Passada uma hora nunca ninguém fez o check-out"... Um terror psicológico aliado ao mais intenso que existe da mente humana, o medo do assumir o medo, a perda de uma filha, a culpa de ter deixado a mulher só após o trauma, etc etc. O quarto assume-se como uma caixa de Pandora da mente humana para quem lá entra.
Eu sou sempre suspeito nestes filmes de suspense/terror, fui vacinado em pequeno, é raro ver algo que me surpreenda, só consigo ver reinvenções de tudo o que está feito (aliado ao facto de já não ter 5 anos e me assustar com tudo o que vejo...já tenho 6!). 1408 ganha pelo terror mental e perde pelo cair no banalizado sofrimento do pai que perde um ente próximo. É sem dúvida tempo bem gasto, é sem dúvida um filme do qual ninguém se lembrará em 2008.
6,5/10

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Estamos a ficar velhos!!! (parte 2)

Pois o prometido é devido! Aqui vão mais algumas pérolas...

Começamos com um clássico dentro dos clássicos...a estridente Heidi e o "amigo" Pedro (isto nas montanhas já se sabe que acabam por rebolar na relva...)



Agora um favorito das meninas, Histórias dos pequenos póneis!!!



Aventura, arqueologia, paisagens exóticas e o mítico condor em Les Mystérieuses Cités d'Or:



E já de pequeno se tentava sensibilizar para os problemas ambientais, Captain Planet:



Quem não se lembra da bruta Nanny e do Pato vampiro vegetariano... Count Duckula (Conde Patracula):



Para mim, das melhores séries em Portugal, com música de Sérgio Godinho e paricipação especial do Guarda Serôdio!! Os amigos do Gaspar:



Agora das mais belas histórias brasileiras, Sítio do picapau amarelo:



Este é bem antiguinho, já só me lembrava remotamente da mala, Sportbilly:



Um dos favoritos do nosso tempo, Thundercats:



E a aventura continua, Transformers:



Para acabar em beleza, os desenhos animados que considero pessoalmente os melhores da minha infância, Tom Sawyer!



Fiquem bem e nunca se esqueçam!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Estamos a ficar velhos!!! (parte 1)

Com o advento do YouTube foi possível ao comum mortal, com uns básicos conhecimentos de informática, partilhar vídeos com todo o Mundo. Sejam eles pessoais, comerciais ou simplesmente idiotas, fica ao gosto de cada um colocar e procurar o que bem lhe der na mona. Hoje lembrei-me de procurar os maravilhosos desenhos animados (e não só) que nos ajudaram a crescer. Fica aqui uma compilação dos que me deixaram marcas (uns mais que outros), daqueles que me lembrei e que consegui encontrar. Vamos lá então fazer um pequeno regresso ao passado por ordem alfabética:

Para os mais antigos, já não é bem do meu tempo, a famosa e desonrada com cânticos que supostamente relatam a sodomização por parte de Calimero: Abelha Maia!



Gostasse-se ou não, quem não se recorda da saga da Ana dos Cabelos Ruivos?



Este Rei dos Elefantes já me apanhou no limite entre a infância e a adolescência, Babar:



Ora aqui está uma música que nunca se esquece, a da Bia a pequena feiticeira.



Desta Clementine só me lembro da cara...



O Dartacão, graças ao Fernando Alvim, nunca deixou de estar presente.



E a música do genérico deste Denver, the last dinosaur, que maravilha dos anos 80!



Estão a ver essa criança de olhos esbugalhados que vive dentro de vocês? Ela é despertada por estas Fábulas da floresta verde.



Aqui está um dos maiores êxitos de merchandise do nosso tempo, He Man. O sucesso foi tanto que mais tarde surgiria uma série coma suposta irmã, She Ra.



Como o post está a ficar muito longo fica a promessa de uma continuação em breve. Vão-se lembrando de mais uns quantos que eu posso não os ter.

sábado, 15 de setembro de 2007

DJ Pippo



Foi no passado dia 11 de Setembro, qual Airbus A320 contra a torre Norte do WTC, que surgiu na noite viseense um novo valor do "Bota disquismo", DJ Pippo. Num Factor C com nova cara, DJ Pippo surgiu com um DJ set conservador (a pedido do dono) mas nunca deixando de proporcionar o agitar de anca às meninas e boyolas que surgiram propositadamente (mentira) para a estreia do artista anteriormente conhecido como *censurado*.
Para ele vai um salutar desejo de boa sorte e que a lide dos pratos continue por muitos e proveitosos anos. Aquele abraço!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Mundo Cão


Apesar do albúm ter sido editado em 16/03/2007, só agora tive acesso à sua totalidade, motivo pelo qual só agora me debruço sobre ele, e elaboro a minha crítica.
Os Mundo Cão, definem-se do seguinte modo, "o projecto, a banda, o grupo, soa muito simplesmente a rock (dito de forma abrangente e descomplexada sem a procura de rótulos tão em voga hoje em dia)". São na realidade uma banda predominante com um estilo rock, mas numa vertente mais calma e não tão agressiva como a palavra rock puderia supor. Ao longo dos 11 temas constituintes do albúm somos brindados com 11 letras do líder dos Mão Morta, Adolfo Luxuria Canibal, motivo talvez pelo qual, por vezes sente-se estar a viver ambientes só proporcionados pelos já referidos Mão Morta.
Frequentemente oiço comentários dizendo que os Mundo Cão têm um som idêntico ao dos saudosos Ornatos Violeta. Pessoalmente discordo desta opinião, e penso inclusive não ser esse o caminho que a banda quererá percorrer, pois a voz de Pedro Laginha propicia a um tipo de som diferente daquele que já foi tão bem elaborado pelos Ornatos. Não deixo no entanto de concordar, que ao longo do albúm, "aqui e ali" surjam umas sonoridades algo parecidas com Ornatos.
Adianta-se ainda, que dois dos elementos dos Mundo Cão (Miguel Pedro - Baterista, Vasco Vaz - Guitarrista) integram igualmente os uma vez mais já citados Mão Morta, o outro guitarrista (Gonçalo) passou pelos Big Fat Mamma, o baixista (Nuno Canoche) é o menos reconhecido, sendo por seu turno o vocalista, Pedro Laginha, o mais consagrado e mais facilmente reconhecível, não por aquilo que já fez pela musica, mas devido às suas aparições televisivas, nomeadamente enquanto actor.
Termino, aconselhando todos a ouvirem este belo albúm, em particular o tema "Morfina", alertando no entanto para o facto que à primeira audição possa-se não se considerar o cd tão bom como ele na realidade é. Poderão ouvir alguns temas no myspace da banda.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

China, que futuro?


Os últimos anos têm mostrado uma China, como potência mundial a nível comercial. Este aspecto, agudizou-se desde que a Organização Mundial do Comércio, aceitou este país como seu membro efectivo.
Profundas alterações a nível comercial já se fizeram sentir, nomeadamente na área têxtil, calçado, entre outros, pois países como Portugal, Espanha, França e Inglaterra, viram-se incapazes de lutar com os preços praticados pela China, nestas áreas comerciais.
No entanto, outras são já as áreas em que a China se vai assumindo como grande exportador, contudo, este grande volume de produção industrial, está alicerçada em trabalhadores mal qualificados, mal formados, sem condições mínimas de segurança, saúde e higiene no trabalho. Deste modo, todos estes aspectos, sem surpresa só poderiam dar origem a produtos em que a qualidade a variadíssimos níveis rareia.
Um último estudo publicado pela revista "L`Expansion" vem reafirmar a tal falta de qualidade de produtos produzidos na China, mas desta feita relativamente à área alimentar, isto porque ficou provado que alguns alimentos apresentam reais riscos para a saúde do consumidor, pois foram encontrados corantes proibidos em molhos e bolos de arroz, fungos cancerígenos em frutos secos, resíduos de antibióticos em frascos de mel e vestígios de mercúrio em enguias, além das massas com componentes geneticamente modificados.
Para além dos alimentos em particular, os utensílios de cozinha provenientes da China também são insalubres, por alegadamente conterem vestígios de níquel, de manganês ou de crómio susceptíveis de contaminar os alimentos.
Gilles Martin, proprietário do laboratório Eurofins, a funcionar na China, citado no referido estudo, considera que estes problemas se devem a uma «inacreditável falta de formação e de educação sobre os perigos de contaminação e sobre as boas práticas a adoptar para garantir a segurança dos consumidores».
Apesar de todos estes dados, leio que Portugal gastou uma média mensal de 156,6 milhões de dólares (114,81 milhões de euros) em importações da China na primeira metade do ano, não vendendo à China nem metade desse valor, demonstram dados que o governo chinês hoje adiantou.
Tudo isto deveria dar que pensar, a todas aquelas empresas que recorrem a estes produtos no sentido de conseguirem margens de lucro superiores, e em particular ao consumidor final, se vale a pena poupar meia dúzia de euros na altura de comprar.
Posto isto interrogo-me se valerá a pena continuar a investir na aquisição de produtos dali provenientes e se a China se assumirá de forma inequívoca como plataforma mundial de produção e exportação comercial.

sábado, 14 de julho de 2007

Metallica SBSR

Depois dos últimos anos empregados a ouvir álbuns, dvds e a coleccionar tudo o que era trecho de música, não poderia estar ausente no concerto daquela que é, seguramente, uma das maiores bandas do mundo – Metallica.

É um grande desafio escrever sobre algo que nos marca de uma forma tão contundente, daí este post ser publicado dias depois de forma a recuperar do tumulto que foi, o espectáculo protagonizado no dia 28/07 no Parque Tejo, por ocasião do Super Bock Super Rock.

Passavam poucos minutos das 23h quando presencio ao vivo o que até esse dia só tinha sido possível ver e ouvir (mil e uma vezes, diga-se de passagem) numa tv perto de mim. Ecstasy of Gold dá o mote para Creeping Death e dou por mim no meio da multidão, a entoar a letra escrita por Hetfield ao mesmo tempo que era sovado pelos “pedais” de Ulrich no estômago. A impressionante qualidade sonora aliada a uma performance sem mácula justifica de uma forma clara o porquê desta banda ser já considerada lendária ao vivo.

O alinhamento musical favorecia claramente os fãs mais “old school”, incidindo as escolhas pelos álbuns prévios ao Black Album. Para mim o momento épico da noite deveu-se a Orion, a faixa instrumental de Master of Puppets, soberbamente interpretada com os músicos a tocar na parte superior do palco, onde por detrás de si efeitos visuais sugeriam a ideia de um deserto sem limite. O fogo de artifício não poderia deixar de dar um ar da sua graça em One, transportando-nos até ao meio de um qualquer campo de batalha, tal era o ímpeto das explosões.

Nestas coisas gosto de pensar que se eu achei bem empregue o dinheiro do bilhete, tem de haver um feedback também positivo por parte da banda que protagonizou o espectáculo e neste caso gostei de ver Os Metallica rendidos ao público português.

Para o ano há mais?

terça-feira, 10 de julho de 2007

Transformers – O filme


Mais uma vez eu sou suspeito para escrever sobre este filme. Quem como eu viu a série na sua infância (e teve uma data de robozinhos para brincar) teria a máxima curiosidade em ver a adaptação ao grande ecrã. Pessoalmente não fiquei desiludido. Os efeitos especiais (como teriam de ser num filme destes) são soberbos. Absolutamente soberbos. O filme consegue sempre proporcionar um agradável toque de “realidade” aos Transformers. Quanto ao argumento tenta também dar esse toque de “realidade”, de conseguir uma adaptação fidedigna, mas ao mesmo tempo, não demasiado infantil daquilo que eram os desenhos animados. Nota positiva também para a banda sonora. É claro que sendo este um blockbuster de verão esperem encontrar uma série de “comic reliefs” próprios do género, em geral de qualidade aceitável, assim como momentos próprios de um “teenage movie” do estilo “boy meets girl” e afins.
Em suma acho que vale a pena o dinheiro. São quase duas horas e meia de filme que é visto como o eram os episódios da altura. É um filme épico, que se também se propicia a momentos mais calmos/cómicos, mantendo sempre uma ambiência coerente. É um filme light, mas devo confessar, muito melhor do que estava à espera. Altamente recomendado para os fãs.
7/10

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Spiderman 3

Primeiro de tudo as minhas desculpas pela demora, mas os contratempos têm feito marcação cerrada.

Depois da progressão ascendente do primeiro para o segundo Spiderman, foi com alguma expectativa (esmioçada por outras circunstancias que mencionarei à frente) que me desloquei ao malfadado cinema Lusomundo no CCC. Digo malfadado porque independentemente da “província”, a qualidade (ou falta dela) não sofre alterações. Mesmo dando o desconto de não ter levado o meu instrumento com lentes para auxiliar a vista, a projecção e o som seguiam o compasso da mediocridade, isto somado com a falta de educação de alguns espectadores e lá tinha eu que me abstrair de todas estas condicionantes para puder desfrutar do filme propriamente dito.

O filme mais caro de sempre fica atrás dos seus antecessores. Sam Raimi quis finalizar a todas as deambulações do aracnídeo, leia-se histórias paralelas. Consequentemente dei por mim algo disperso, no meio dos fantásticos efeitos especiais e as variantes no enredo. Não é que estes dois factores sejam mutuamente exclusivos, nada disso, no entanto tira muita da intensidade que, por exemplo, jorra a rodos em Spiderman 2.

O ponto alto do filme é o Fato Negro e o resultado que gera em Peter Parker. Como fã da série de TV, que via religiosamente aos fins-de-semana na SIC, foi um deleite poder ver Venon em todo o seu esplendor.

Spiderman 3 é um filme tipo onda quadrado num osciloscópio. Momentos muitos bons, e outros nem por isso. De qualquer das maneiras é para mim a melhor trilogia inspirada nos heróis da Marvel.

7/10

PS: Se alguém quiser recomendar uma sala como deve ser a este migrante em Lisboa, confessar-me-ia muito grato.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Independentes

Ao fim de 33 anos de democracia, e com o natural "amadurecimento desta", começam-se a assistir a situações, talvez evoluções, interessantes no panorama político português.
Se no pós 25 de Abril, e nos anos seguintes, os partidos políticos pareciam ser instituições sólidas, e um dos pilares naturais do nosso regime político, os últimos tempos têm vindo a demonstrar que essa situação não parece ser um dado tão adquirido quanto se supunha.
De uma forma esporádica, e pouco evidente, em certas Juntas de Freguesia, e em uma ou outra Câmara menos influente, em anos transactos, já se tinham verificado candidaturas independentes, ou seja, um grupo de pessoas, liberta de qualquer partido político, proponha-se à sua governação. No entanto, nas últimas eleições autárquicas, pelos menos três candidatos (Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro e Isaltino Morais), socorrendo-se do seu carisma e do seu prestígio local, já haviam conseguido ser eleitos contra os candidatos dos sempre poderosos partidos políticos.
Mas no entanto, as últimas eleições Presidenciais, haviam sido até ao momento o ponto mais alto desta aparente nova configuração na democracia portuguesa, nomeadamente, Manuel Alegre, filiado no PS e deputado eleito pelo mesmo partido político, decidiu avançar com uma candidatura independente, liberto de qualquer estratégia partidária, tendo conseguido quedar-se pelo 2º lugar, ficando inclusive à frente do candidato do PS (Mário Soares).
Mas os últimos desenvolvimentos, associados à queda da governação Social-Democrata na Câmara Municipal de Lisboa, parecem indicar que aquilo que eram situações esporádicas no passado, poderão vir a tornar-se mais vulgares do que aquilo que à uns anos atrás se podia imaginar. Isto porque, uma vez mais alguém (Helena Roseta), decide desvincular-se do seu partido e juntamente com um movimento de cidadãos, lançar-se de modo independente a umas eleições, neste caso em particular, à autarquia de Lisboa.
Se se percebe o porquê de Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro e Isaltino Morais se terem candidato de forma independente, a mesma conclusão, de modo algum, pode ser retirada nestas duas últimas candidaturas, Manuel Alegre e Helena Roseta, pois são duas personalidades com elevado nível de respeito, e acima de qualquer suspeita. Deste modo, será interessante, os partidos começarem a reflectir sobre aquilo que ao longo de 33 anos fizeram e a forma como têm actuado, e se devem continuar a apostar na lógica do "aparelhismo" medíocre.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

ON A PLAIN


Tal como eu havia dito num dos meus últimos posts, a cidade de Viseu sempre foi fértil em bons projectos musicais, e se ainda existiam dúvidas, o concerto de ontem dos On a plain foi a prova provado do que eu havia referido.
Os On a Plain, são na realidade, a mais recente revelação do panorama musical viseense, com músicos originários de vários projectos, dão origem assim a uma banda com um som claramente "rockeiro", excepção feita a um ou outro tema.
Deste modo, o foyer do Teatro de Viriato em Viseu foi o palco escolhido para a banda proceder à apresentação do seu trabalho, ainda em forma de EP, constituído por 4 temas, e de nome "Special".
Não se pode considerar que o local do espectáculo fosse o melhor, pois o palco apresentava dimensões reduzidas, e as condições físicas do espaço pareciam apontar para que o som não se tornasse naquilo que todos esperavam. Contudo, mediante a qualidade do som praticado pela banda, acompanhado pela inesgotável energia e pela excelente presença em palco, todos os aparentes contras, se esfumaram, pois o espectáculo foi notável a todos os níveis.
Assim, a banda para além dos 4 temas que constituem o já referido EP, apresentou mais uma série de músicas, vindo a totalizar cerca de 45 minutos de um electrizante concerto. Se quanto à banda, e à postura empregue por esta está tudo dito, resta acrescentar que o público presente, apresentou-se em bom número, e se no início se mostrava um pouco reticente em fazer parte do espectáculo, no final da terceira música, assistiu-se à adesão total, não só acompanhando algumas musicais com palmas, assim como em cantar aquilo que a vocalista pedia.
Portanto, tudo indica que o público viseense está sedento de ouvir novos projectos, faltando apenas, que os poucos locais onde é possível que se realizem concertos, estejam cientes desta realidade, pois para além do mais, qualidade parece não faltar a estas novas bandas.
Falta apenas referir, que caso queiram conhecer melhor a banda em causa, podem passar pelo seu site, ou pelo myspace, onde poderão ouvir os 4 temas constituintes do referido EP.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

300


Mais uma incursão no cinema por parte de Zack Snyder, realizador de Sin City, 300 é um filme que vale realmente a pena ver no cinema... mas já lá vamos. A história é a da conhecida batalha das Thermopylae em que, entre outras tropas, 300 espartanos lutaram contra o invasor persa. A fotografia do filme é sublime se nos lembrarmos que se trata da adaptação de um comic. Mas Zack Snyder leva este facto a um extremo e por vezes ver o filme é como ir percorrendo os olhos pelas tiras de uma BD. Tendo isto em conta é realmente possível apreciar o filme e a maneira como cada cena é filmada. No campo da factualidade histórica é reconfortante depararmo-nos com pormenores que se enquadram com o que é conhecido do antes durante e após desta batalha. Não querendo incluir spoilers, nota para a crítica que é apontada ao filme de como a facção persa é retratada. Não me vou alongar mais, dizendo apenas que considero as críticas infundadas. Afinal não passam de histórias de guerra (e quem vir o filme vai perceber do que estou a falar) e cada lado conta a sua versão.

É sem dúvida um blockbuster, mas, e propondo um exemplo, pessoas que disseram que "O Tigre e o Dragão" tinha saltos ridículos não vão gostar (esquecendo-se que este filme vem em linha com um tipo de cinema muito peculiar).

Dito isto 300 é mesmo um filme para ver no cinema. Mas para quem aprecia o tipo de cinema. E para quem tenta perceber porque o realizador faz determinadas escolhas. Para quem prefere recriações históricas recomendo o Canal de História.


8\10

terça-feira, 10 de abril de 2007

Que bíblia é esta?


Depois do seminal álbum de estreia "Funeral", os Arcade Fire foram logo apontados como a melhor banda do Mundo. Não andam longe. É claro que a novidade trazida por eles ao panorama tão estagnado do mundo musical foi um despertar de consciências que só se vê em bandas como os Nirvana, Radiohead ou White Stripes, mas um só álbum perfeito não os torna imortais. E com esse grande problema se depararam ao preparar este "Neon Bible", o tão temido segundo álbum depois do sucesso planetário. Para mim tiveram muita coragem ao não repetirem a fórmula electrizante do primeiro álbum. Surgem menos arrojados, mais calmos musicalmente (com excepção de 3 ou 4 músicas), optando por serem mais incisivos em termos de letras. Há grandes músicas para quem as escutar com atenção, não ficando no ouvido como as do álbum de estreia, perdendo assim alguma força. Não deixa de ser um excelente disco, recomendo vivamente, pois são sem dúvida uma das melhores bandas no planeta (ao vivo são soberbos).
Fica aqui uma faixa do álbum interpretada ao vivo, No cars go.

8/10

sábado, 7 de abril de 2007

Da Weasel - Amor, Escárnio e Maldizer


Após ouvir o novo álbum (Amor, Escárnio e Maldizer) dos consagrados Da Weasel, fico com a sensação de que uma banda como esta, pode e deve fazer muito melhor do que aquilo que apresenta neste álbum.
É um álbum que se vai tornando enfastioso, essencialmente graças a uns designados temas, mas que mais não são que uns meros separadores entre músicas "a sério". Por outro lado, quem ainda não o ouviu, não pense que o single (Dialectos De Ternura) representa minimamente o som praticado pela banda ao longo do cd, pois a certa altura interroguei-me se este tema não foi simplesmente construído a régua e esquadro para se associar à publicidade da TMN.
Para além do mais, este álbum conta com a participação especial de artistas igualmente consagrados da música portuguesa, tais como Simão Sabrosa (!) e os Gato Fedorento (!), tendo estes últimos, inclusive o privilégio de terem um tema só para si, denominado "Ó Nigga, Tu És Nigga, Nigga (feat.Gato Fedorento)" e a participarem num outro.
Posto isto, resta acrescentar que fora uma ou outra música, este é um álbum que com toda a certeza irá defraudar em muito, a expectativa de alguns dos muitos fãs que esta banda possui.

5/10

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Salazar...


Para ser completamente sincero fiquei admirado de não ter sido comentado no blog a "eleição" de Oliveira Salazar como "Maior Português de Sempre". Provavelmente ou o assunto não merecia grande interesse (não passa de mais um programa de TV) ou simplesmente não houve tempo para fazer uma grande exposição sobre o assunto. Ora como eu tenho um tempinho cá vai: Pessoalmente, e apesar de se tratar "apenas" um programazeco de televisão, achei grave e acima de tudo triste os resultados das votações. Não me vou alongar em argumentos de que os portugueses têm memória curta (a revolução foi em 74) já que acho óbvio que os resultados da votação foram essencialmente fruto de dois grupos de apoio, sendo um deles o PCP. E o outro? Aparte dos jovens rebeldes que não se importaram de gastar 60 cêntimos só para criar confusão e votar no salazar quem mais votaria em salazar? Os membros do PNR? Não me admira. Alguns membros mais extremistas do CDS? Acredito que sim. Mas mesmo assim ainda faltam muitos votos... Isto tudo para dizer que me entristece bastante que contemporâneos do regime e da revolução tenham escolhido em consciência Salazar como o maior português de sempre. Um ditador! De todas as discussões que tenho tido sobre este assunto ainda não encontrei razões válidas para o sucedido: um grito de revolta contra o estado do país... o falhanço da democracia... Argumentos ridículos, graves e acima de tudo desesperantes. Portugal precisa mesmo de um exorcismo... um exorcismo da mente.

CSS - Cansei de ser sexy


Do Brasil vem uma nova era da música pop. À base de ritmos electrónicos e guitarras pouco aprofundadas, este conjunto nascido em São Paulo, formado por 5 representantes do sexo feminino e um solitário (mas concerteza feliz), vei trazer ao panorama musical algo que se foi perdendo nos últimos anos: originalidade. É verdade que não são nenhuns monstros dos instrumentos, mas a sonoridade mesclada de pop e electrónica rapidamente conquista o mais incauto do ouvinte. Vale a pena ouvir e porque não ver... Este álbum homónimo (o primeiro por uma editora profissional) já conta com 3 singles, Let's make love and listen to death from above, Alala e Off the hook. A não deixar de fora do álbum estão concerteza Music is my hot hot sex e Alchool. A ouvir com atenção e com o espírito elevado.
7/10

terça-feira, 27 de março de 2007

NIN |Beside You in Time|

Ouvi falar do lendário Trent Reznor, faz já alguns anos, por ocasião da feitura da banda sonora para Quake. Na altura os sons obscuros e retorcidos assentavam que nem uma luva à dinâmica do jogo de computador.

Mais recentemente descobri “With Teeth”, produzido na mesma altura que Trent se deparou com a batalha contra o alcoolismo e outras substâncias. Apercebi-me então do estilo impar e estilizado deste que é o produtor, cantor, escritor, e instrumentista da sua banda apelidada de NIN (Nine Inch Nails).

No entanto o que me leva a escrever este post é “Beside You in Time”, um DVD com performances ao vivo daquela que foi a digressão da banda 2005-06 nos EUA. O perfeccionismo que caracteriza Trent alaga por completo o espectador, com efeitos visuais 3D de origem utópica, acompanhados por excelentes ensaios nas luzes. O som não se fica atrás! As várias camadas são perfeitamente talhadas, e até nas músicas mais exigentes o som nunca fica pastoso. Ansioso estou eu para poder dar uso à faixa DTS num sistema HiFi digno desse nome, para descobrir novos sons da amálgama imaginada pelo génio contorcido de Reznor.

A interpretação é sensacional e os restantes músicos fazem um excelente trabalho. Outro aspecto que não descura neste cenário é o artwork, ao nível do que NIN já me habituou, quebrando o fastio do artwork que normalmente se encontra em edições deste género provindos de outras bandas.

Posto isto, “Beside You in Time” é uma excelente forma para se conhecer NIN e entrar num universo sem paralelo em tudo o que já vi e ouvi.

Em jeito de rodapé convém referir que o mesmo se encontra disponível também nos formatos de alta definição (Blu Ray, HD DVD).

10/10

domingo, 25 de março de 2007

Politiquice? Talvez Sim, Talvez Não.


Este post pode parecer um pouco politiquice "baratucha", mas não me interessa, pois é daquelas situações que me irritam em demasia.
Por um lado, temos um discurso por parte do Governo que visa, a contenção, a austeridade, a dureza, o que conduz a que todos, ou quase todos, tenhamos de contar os tostões, pois a vida actual não está para exageros. Os Serviços de Atendimento Permanentes são fechados em catadupa, com especial incidência na região centro do país, porventura uns bem fechados, outros talvez nem por isso, mas o que interessa é que em 2008 o défice esteja abaixo dos 3%, para não se levar mais um puxão de orelhas por parte da União Europeia.
Pelo outro lado, estão aqueles a quem a palavra "crise" nada significa, nomeadamente uma certa classe, que vive na sombra dos cargos públicos de nomeação. Nomeação essa, alicerçada não no mérito, mas única e exclusivamente na cor política. Não interessa que não sejam possuidores das competências exigíveis para desempenhar certa função, pois aquilo que é necessário é serem bajuladores e nas alturas devidas decidirem sempre a favor daqueles que os nomearam. Pois bem, ficou-se hoje a saber, que são estes mesmos parasitas, que no ano transacto, auferiram vencimentos superiores àqueles, a que a nossa República impõe ao próprio Presidente desta, sem que justifiquem minimamente esta situação.
No mínimo, esta situação roça o ridículo, pois se o ainda Director Geral dos Impostos, Dr. Paulo Macedo, que apesar de ter desempenhado de forma brilhante a sua função, de ter conseguido, juntamente com a sua equipa de trabalho, com que o Estado arrecadasse milhões, irá dentro em breve ser dispensado, pois aufere um valor superior ao do Presidente da República, aqueles que em nada contribuem para que este país deixe de ser bolorento, sujo e corrupto, irão manter-se calma e descontraidamente nos seus lugares, irão continuar a auto premiarem-se, irão continuar a usufruir de um sem fim de fabulosas regalias, sem que nada seja feito, pois aqueles que dirigem, irão continuar a assobiar para o ar, como se nada se passasse.
De tudo isto, o que se infere, ou pelo menos a imagem que transparece, é que no sector público, a qualidade do trabalho desenvolvido nada interessa, pois aquilo que convém, é ter as pessoas certas, nos locais certos, nem que estes sejam corruptos e incompetentes incorrigíveis.

domingo, 18 de março de 2007

Viseu a acordar?

Ontem fui agradavelmente surpreendido ao assistir num bar de Viseu (Reitoria), a um concerto de uma banda ainda pouco conhecida (pelo menos da minha parte) do panorama musical português. Não se pense que Viseu a nível musical é uma cidade morta, bem pelo contrário, pois ao longo dos anos vários foram os projectos de qualidade que aqui germinaram.
No entanto, espaços para que bandas ainda não implantadas se possam mostrar, são muitíssimo reduzidos, juntando-se ainda o factor económica, tudo contribui para inviabilizar qualquer iniciativa em apostar em novos valores.
Contudo, ao que parece, o Bar Reitoria decidiu finalmente apostar em apresentar bandas ainda desconhecidas. Assim, ontem, foi possível assistir à actuação da banda Mantra, originários de Guimarães.
Apesar das evidentes limitações técnicas, os Mantra tiveram a possibilidade de mostrar o seu som ao público presente. Não se pode dizer que o concerto tenha corrido maravilhosamente, pois os problemas técnicos, infelizmente, sucederam-se. Tudo começou com a primeira música, onde apenas foi possível ouvir a voz da vocalista, e mal, durante cerca de metade do tema, pois o microfone, teimosamente, decidiu deixar de funcionar. Assim, e após o termino desta, a banda decide prescindir do microfone que se encontrava apontado ao tímbalo da bateria, e entregá-lo à vocalista, no sentido de remediar a situação surgida.
Contudo, e apesar do esforço mostrado pela vocalista em se fazer ouvir, apenas o conseguiu a espaços, pois o nível de som do seu microfone, era de tal modo baixo, que a sua voz, ficava praticamente abafada pelo som emitido pelo resto dos instrumentos, situação idêntica se verificou com a secção de metais (trompete e saxofone).
No que ao concerto propriamente diz respeito, os Mantra apresentaram durante cerca de uma hora temas originais, excepção feita à música “Chaga” dos saudosíssimos Ornatos Violeta. Achei o som praticado pela banda bastante interessante e agradável, assim como a postura apresentada. Destaco e elogio a banda pela presença profissional que demonstraram apesar de todos os contratempos em que se viram envolvidos.
Espero sinceramente que outros bares da cidade de Viriato apostem nestas bandas menos reconhecidas, pois os visieenses agradecem.
Se quiserem saber mais sobre a banda, podem passar pelo blog ou pelo myspace deles, onde aqui, poderão inclusive ouvir o seu som.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

KO?

Desde que surgiram os dois formatos de alta definição, que se irão sobrepor ao nosso conhecido DVD, muito se especulou. HD DVD ou Blu Ray? Era essa a questão que especialistas tentam/tentavam responder recorrendo a todas e mais algumas explicações, algumas delas bem mirabolantes.

Não vou aqui explanar pormenores técnicos de uma ou outra plataforma, nem comparar directamente as características de ambas, simplesmente porque estes dados nesta altura pouco interessam. O que interessa saber? Dado que os consórcios (liderado pela Sony no caso Blu Ray e Toshiba no HD DVD) não se conseguiram entender para a unificação num único formato será o mercado a decidir a adopção de um formato. E chegamos ao cerne da questão: quando muitos apregoavam o mesmo destino do Betamax ao Blu Ray, atribuindo o falhanço à Sony, esta decide incluir um leitor de Blu Ray na Playstation 3. A partir daqui foi óbvio para mim que muito dificilmente o HD DVD se conseguirá impor, nem mesmo com a ajuda da Microsoft, e os números estão aí: por cada HD DVD vendido, vendem-se 2 Blu Ray, numa razão de vendas de 2 para 1.

Com previsões de 6 milhões de consolas vendidas até ao final do ano fiscal, quem adquirir uma Playstation 3 está, aparte de ser uma excelente máquina de jogos, a comprar um leitor de alta definição, pelo que não vejo esses consumidores a gastarem mais para terem um leitor dedicado de HD DVD.

O melhor disto tudo é podermos tirar partido dos plasmas e lcds de nossas casas, a quem a emissão de TVcabo´s e afins não tem feito jus à sua qualidade.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Pepetela - "Predadores"


Através de uma história simples, girando essencialmente em redor da personagem de Vladimiro Caposso, Pepetela traça um retrato de Angola desde o fim da Guerra Colonial.
Assim, ao longo das páginas, o autor vai mostrando aos leitores o novo-riquismo que surgiu naquele país. A trama tem início no ano de 1992, por altura das eleições e socorrendo-se de avanços e recuos, evolui até 2004. O ambiente político, os negócios que servem a ascensão de novas fortunas (acautelados pela "sombra" do poder) e as implicações de todo esse quadro na evolução do próprio país.
Deste modo, mediante uma linguagem simples e directa, a história vai-se desenrolando, agarrando os leitores até às páginas finais.
Apesar de não ser uma obra-prima, é claramente uma obra aconselhável para ser lida.

7/10