terça-feira, 17 de novembro de 2009

Referendo? Só quando interessa...


Portugal prepara-se para em breve, se juntar ao grupo de países em que casais homossexuais se podem casar. Contudo, e atendendo ao melindre do assunto em causa, o debate está-se a instalar na sociedade portuguesa, pois (muito) longe está o facto desta matéria ser aceite pela maioria dos portugueses.
Ao que parece, o PS havia incluído este ponto no programa eleitoral, e como tal, arroga-se no direito de não convocar os portugueses para um referendo, e assim estes decidirem em legalizar ou não os casamentos homossexuais. Como é fácil de perceber, toda a esquerda radical, igualmente defende esta decisão do PS, e considera absurdo, que se ponha sequer a possibilidade de existir um referendo.
O que na minha opinião é mais curioso em tudo isto, é que quando surgiu a possibilidade de se efectuar um referendo à Interrupção Voluntária da Gravidez (vulgo aborto), os mesmo que agora acham absurdo um referendo consideraram naturalíssimo e óbvio a realização do mesmo, pois era um assunto demasiado melindroso para ser decidido pelos políticos eleitos democraticamente pelos portugueses.
Neste sentido, só encontro duas possibilidades para esta mudança radical de opinião:
1 - O facto das sondagens apontarem para uma clara vitória do não aos casamentos homossexuais.
2 - Ou então, por considerarem que o referendo, e a vontade popular, só é relevante quando lhes interessa, ou pelo menos quando consideram que a vitória é certa.

Para terminar, quero apenas demonstrar neste espaço, o meu desagrado, pelo facto de nem sequer se aflorar a questão dos casamentos poligâmicos, indo continuar assim esquecida a clara descriminação à cultura muçulmana.

Noronha Nascimento



Noronha de Nascimento, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, e uma das figuras principais do Estado Português, está a conseguir ser mais conhecido pelo "apaga escutas em que se oiça um ligeiro sussurro do Sr. "Eng." José Sócrates" do que pela quantidade (considerável) de pêlos que tem nos ouvidos.
Agora a sério, se alguém conhecer a legítima esposa da curiosa figura, ou mesmo o barbeiro do senhor, chamem-lhes a atenção para eles lhe darem umas tesouradas naqueles "tufos".