segunda-feira, 24 de março de 2008

La vie en rose

O filme "La vie en rose" retrata o percurso de vida, desde a infância até à morte, de uma das figuras maiores da cultura francesa, Edith Piaf.
Assim, o filme, mostra-nos o percurso extraordinário, de alguém que nasceu na completa pobreza, e que graças à sua portentosa capacidade de cantar, conseguiu chegar ás luzes da ribalta de Nova Iorque. Este trajecto de vida, é-nos apresentado por Olivier Dahan (realizador), recorrendo a um ziguezague temporal, ou seja, o filme vai oscilando entre a infância e a idade adulta. Creio no entanto, que este conceito não funcionou de um modo tão correcto quanto desejável, pois certas oscilações, provocam uma certa confusão sobre a situação que se pretende relatar e a sua contextualização temporal.
Quanto à história de vida de Edith Piaf, somos confrontados com alguém que vivia num constante conflito interno, que girava entre a tristeza e a alegria, alguém que porventura derivado da sua problemática e difícil infância, era possuidora de uma certa fragilidade emocional, mas era igualmente uma pessoa que tudo fez para vencer e triunfar no seu mundo da música, tendo no entanto esta ascensão, tornado Edith Piaf dependente do álcool e da morfina.
Apesar de não ser um filme de eleição, merece ser visto, essencialmente por dois motivos, por um lado para se conhecer este tortuoso e triunfante percurso de vida, e por outro lado pela grande prestação da actriz principal (Marion Cotillard) que faz de Edith Piaf.

7/10

2 comentários:

  1. Aí está um bom filme, nenhum portento mas agradável. Achei que por vezes se notava bem o desfazamento entre os lábios da actriz e a música de Piaf (li que por vezes é mesmo a actriz que canta).
    Quanto aos "ziguezagues" temporais, um filme que recomendo e que acho que funciona muito bem é o "Paranoid Park" do Gus Van Sant.
    Abraço

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  2. Obrigada pela sugestão! Tenho muita curiosidade, sobretudo no que se refere ao desempenho da protagonista que ganhou o Óscar de Melhor Actriz. A excepcional música de Piaf é eterna!

    Cumprimentos,
    Ana Cota

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