domingo, 25 de março de 2007
Politiquice? Talvez Sim, Talvez Não.
Este post pode parecer um pouco politiquice "baratucha", mas não me interessa, pois é daquelas situações que me irritam em demasia.
Por um lado, temos um discurso por parte do Governo que visa, a contenção, a austeridade, a dureza, o que conduz a que todos, ou quase todos, tenhamos de contar os tostões, pois a vida actual não está para exageros. Os Serviços de Atendimento Permanentes são fechados em catadupa, com especial incidência na região centro do país, porventura uns bem fechados, outros talvez nem por isso, mas o que interessa é que em 2008 o défice esteja abaixo dos 3%, para não se levar mais um puxão de orelhas por parte da União Europeia.
Pelo outro lado, estão aqueles a quem a palavra "crise" nada significa, nomeadamente uma certa classe, que vive na sombra dos cargos públicos de nomeação. Nomeação essa, alicerçada não no mérito, mas única e exclusivamente na cor política. Não interessa que não sejam possuidores das competências exigíveis para desempenhar certa função, pois aquilo que é necessário é serem bajuladores e nas alturas devidas decidirem sempre a favor daqueles que os nomearam. Pois bem, ficou-se hoje a saber, que são estes mesmos parasitas, que no ano transacto, auferiram vencimentos superiores àqueles, a que a nossa República impõe ao próprio Presidente desta, sem que justifiquem minimamente esta situação.
No mínimo, esta situação roça o ridículo, pois se o ainda Director Geral dos Impostos, Dr. Paulo Macedo, que apesar de ter desempenhado de forma brilhante a sua função, de ter conseguido, juntamente com a sua equipa de trabalho, com que o Estado arrecadasse milhões, irá dentro em breve ser dispensado, pois aufere um valor superior ao do Presidente da República, aqueles que em nada contribuem para que este país deixe de ser bolorento, sujo e corrupto, irão manter-se calma e descontraidamente nos seus lugares, irão continuar a auto premiarem-se, irão continuar a usufruir de um sem fim de fabulosas regalias, sem que nada seja feito, pois aqueles que dirigem, irão continuar a assobiar para o ar, como se nada se passasse.
De tudo isto, o que se infere, ou pelo menos a imagem que transparece, é que no sector público, a qualidade do trabalho desenvolvido nada interessa, pois aquilo que convém, é ter as pessoas certas, nos locais certos, nem que estes sejam corruptos e incompetentes incorrigíveis.
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Os estágios profissionais PEPAL, são um bom exemplo do que falas. Até já o sentimos na pele...
ResponderEliminarQuanto aos estágios PEPAL, isso dava direito a post só por si, tal é a vergonha que envolve estes estágios profissionais.
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