É um grande desafio escrever sobre algo que nos marca de uma forma tão contundente, daí este post ser publicado dias depois de forma a recuperar do tumulto que foi, o espectáculo protagonizado no dia 28/07 no Parque Tejo, por ocasião do Super Bock Super Rock.
Passavam poucos minutos das 23h quando presencio ao vivo o que até esse dia só tinha sido possível ver e ouvir (mil e uma vezes, diga-se de passagem) numa tv perto de mim. Ecstasy of Gold dá o mote para Creeping Death e dou por mim no meio da multidão, a entoar a letra escrita por Hetfield ao mesmo tempo que era sovado pelos “pedais” de Ulrich no estômago. A impressionante qualidade sonora aliada a uma performance sem mácula justifica de uma forma clara o porquê desta banda ser já considerada lendária ao vivo.
O alinhamento musical favorecia claramente os fãs mais “old school”, incidindo as escolhas pelos álbuns prévios ao Black Album. Para mim o momento épico da noite deveu-se a Orion, a faixa instrumental de Master of Puppets, soberbamente interpretada com os músicos a tocar na parte superior do palco, onde por detrás de si efeitos visuais sugeriam a ideia de um deserto sem limite. O fogo de artifício não poderia deixar de dar um ar da sua graça em One, transportando-nos até ao meio de um qualquer campo de batalha, tal era o ímpeto das explosões.
Nestas coisas gosto de pensar que se eu achei bem empregue o dinheiro do bilhete, tem de haver um feedback também positivo por parte da banda que protagonizou o espectáculo e neste caso gostei de ver Os Metallica rendidos ao público português.
Para o ano há mais?